Perto de completar um mês à frente do Vasco, Alexandre Campello ainda lava roupa suja com Julio Brant. Um grupo de Whatsapp denominado "Hospício da Colina" reúne membros das mais diferentes correntes políticas do clube, incluindo os dois candidatos à presidência na última eleição no Conselho Deliberativo. Nele, a vitória do médico sobre o executivo ainda repercute. Campello e seus aliados, além de se defenderem das acusações de traição, tentam uma trégua no clima político acirrado que persiste depois do pleito. Por enquanto, os movimentos têm sido em vão.
A atual gestão do Vasco tem se esforçado para amenizar as rivalidades internas e trazer para dentro de São Januário ídolos afastados durante os três anos de Eurico Miranda como presidente. Depois de Roberto Dinamite, que acompanhou à partida do Vasco contra o Universidad de Concepción de dentro da sala da presidência, outro alvo de Campello é o ex-lateral-esquerdo Felipe, um dos maiores apoiadores de Julio Brant na campanha política encerrada em janeiro e o jogador mais vitorioso da história do clube. Diferentemente de Dinamite, o Maestro recusou o convite do clube, que garantiu estar com as portas abertas para recebê-lo.
"As portas de São Januário estão abertas para mim desde os meus 6 anos. Não é o presidente e nem ninguém que vai me falar o contrário", respondeu Felipe em troca de mensagens com a assessoria do clube.
Na tarde desta sexta, a assessoria de imprensa de Julio Brant entrou em contato com o blog para dar sua versão a respeito da participação do conselheiro no grupo. Foram disponibilizadas cópias de mensagens em que Campello segue acusando Brant e seus aliados de não terem cumprido o combinado para a eleição de novembro, o que teria sido o motivo para o rompimento por parte do médico. Em nota, o segundo colocado na eleição garantiu que é o atual presidente quem mantém vivo o clima político no clube.
"A intenção do Campello nunca foi o entendimento entre os grupos. E as suas atitudes demonstram isso. Fui adicionado no grupo, pois ele estava me difamando para os sócios neste grupo de Whatsapp. Depois que fui adicionado, de maneira educada, cobrei posições do Campello. Ele simplesmente saiu da conversa e deixou todos falando sozinho. Defendo desde o dia da eleição na Lagoa que os vascaínos olhem para frente. Mas o Campelo, infelizmente, não consegue se desgarrar dessas amarras. Ele prega tanto a união no Vasco, mas não é o primeiro a dar o exemplo aos sócios e torcedores".
Fonte: Blog Panorama Esportivo - O Globo Online