Futebol Americano: Presidente do Vasco Patriotas fala sobre o retorno da parceria
O futebol americano (FA) e o nosso futebol se confundem. Seja nos locais onde são praticados e até mesmo na formação das equipes, que costumeiramente acabam adotando um clube para praticar a modalidade. E um desses expoentes é o Vasco da Gama Patriotas, tradicional equipe de FA que chega para o ano de 2018 cheio de esperanças e disposição para voltar a brilhar no cenário brasileiro.
E o Vasco da Gama Patriotas possui uma história rica na modalidade no Brasil. Tanto que depois de um hiato de quase um ano sem usar o nome do clube, volta ao cenário com força para reconquistar títulos. É o que afirma o presidente do Patriotas, Marcel Dantas. "Apesar de ser um esporte amador no Brasil, estamos cada vez mais buscando uma estrutura profissional, tanto na gestão da equipe quanto no planejamento da parte esportiva. Estamos trabalhando novas parcerias e projetos para que possamos chegar novamente ao topo do esporte no país", diz o mandatário.
Mas, esse cenário não era o mesmo no ano de 2017, quando o Patriotas decidiu romper a parceria com o Vasco da Gama em virtudes de problemas com a diretoria do então presidente Eurico Miranda. "Nosso relacionamento com as duas diretorias na qual participamos sempre foi bom, porém, um pouco mais distante do que gostaríamos com a do Eurico. Tanto que a separação aconteceu em virtude de desentendimento com membros dessa gestão", afirma Dantas, que garante que todo o episódio está superado. "Mesmo com tudo o que aconteceu garanto que episódio está mais do que superado e nosso foco é pensar apenas no futuro do Vasco da Gama Patriotas", conclui.
Um clube integrado
Como representa um clube envolvido em diversas modalidades, o Vasco da Gama Patriotas mantém um bom ambiente com os atletas dos demais esportes, e isso é uma das coisas importantes que Dantas ressalta do clube. "Nesses anos defendendo a cruz de malta, já tivemos contato com outros esportes do Clube. Já acompanhamos no ginásio jogos da equipe de basquete e vibramos muito com o acesso à NBB. Do futebol, tivemos a presença do ex-capitão Rodrigo no nosso treino, já fizemos uma volta volta olímpica no gramado de São Januário quando fomos campeões brasileiros em 2014 e nossos jogadores constantemente estão presentes aos jogos em São Januário apoiando o time em todas competições", explica o presidente.
E com uma nova gestão, agora o Vasco da Gama é presidido por Alexandre Campello, Marcel acredita que as coisas possam caminhar de uma maneira mais tranquila e eficaz. "A confirmação da nossa volta aconteceu após a posse do Campello. Ele foi eleito e nos procurou três dias depois para nos convidar a voltar a defender o Vasco da Gama, coisa que nunca deixamos de fazer mesmo sem usar a camisa e a cruz de malta. Nesse contato, ele nos avisou que anunciaria o nosso retorno logo após a sua posse formal como Presidente do Club de Regatas Vasco da Gama. Ficamos honrados com esse prestígio porque voltamos para nossa casa. Nunca foi nosso objetivo deixar o Vasco. Hoje recebemos um chamado do almirante Vasco da Gama, e esse chamado não se nega. Voltamos com orgulho por poder representar essa camisa e essa torcida, mais fortes do que nunca. Esperamos ter, da torcida, o apoio que sempre tivemos, e prometemos continuar fazendo o nome do Vasco referência nesse esporte que tanto cresce no Brasil", explica o dirigente.
Rotina pesada, mas de amor ao esporte
Tudo bonito, tudo legal, mas nem tudo são flores para a prática do futebol americano no Brasil. E mesmo ligado a um clube de porte internacional como o Vasco da Gama, o Patriotas convive com muitas dificuldades. Seus jogadores não recebem salários ou qualquer remuneração para jogar. E tudo feito no mais puro amadorismo, mas com amor ao FA e que pode ser verificado em campo nos treinamentos e nos jogos. "Como hoje todos os nossos atletas são amadores e têm os seus empregos, a rotina do time está longe de ser estritamente dedicada à preparação física e técnica, já que todos precisam adequar as atividades do time às suas obrigações profissionais. Contudo, realizamos três treinos táticos e técnicos por semana, com os atletas fazendo a preparação física nos demais dias. As dificuldades que enfrentamos são as mesmas de todos que disputam qualquer modalidade amadora no país, que é a árdua busca incessante por mais apoio e recursos financeiros", salienta Marcel Dantas.
Mas, mesmo sem a possibilidade de remuneração dos jogadores, o Vasco da Gama Patriotas conta com um patrocínio pontual, fornecedora de material esportivo, apoio de uma quiropata e de uma clínica de fisioterapia desportiva. Estrutura mínima para que o futebol americano seja praticado com qualidade no Brasil.
E 2018 pode ser o ano do Vasco da Gama Patriotas, que não vai medir esforços para alcançar pontos mais altos na modalidade, conforme afirma Dantas. "O que podemos fazer nesse retorno é defender sempre com orgulho essa cruz de malta, muitas vezes deixando literalmente o sangue em campo, pois só assim poderemos retribuir cada um dos torcedores vascaínos que nos acompanham, torcem por nós e que nos encheram de mensagens nos apoiando no passado e agora com nosso retorno", finaliza o presidente.
Fonte: Esportudo