Ao fazer uma breve pesquisa por Paulo Pelaipe e Newton Drummond, encontra-se rapidamente seus nomes associados à dupla Grenal. Cada um de um lado, no mesmo período, na década de 2000. Porém, se engana quem acha que a união dos antigos rivais gaúchos no departamento de futebol do Vasco é uma surpresa. No futebol de várzea do Rio Grande do Sul, já foram patrão e atleta, respectivamente, e tiveram sucesso.
Na década de 1970, o time de futebol amador de praia "Sociedade Amigos de Capão da Canoa" tinha um ousado atacante chamado Nilton e um diretor chamado Paulo. Drummond conquistou os títulos de 1978 e 1980. Pelaipe esteve presente no último deles.
"O Pelaipe sempre foi diretor de futebol. E eu joguei futebol muito tempo na minha vida, mas não como profissional. E o Pelaipe foi meu diretor", se recorda o "Chumbinho", como Drummond é conhecido.
O torneio entre as cidades litorâneas era tradicional e comovia os moradores das cidades. Na sequência, ambos tomaram o rumo executivo e cada um foi para o seu lado, trabalhando nos dois maiores clubes do Rio Grande do Sul. Drummond, no Internacional; Pelaipe, no Grêmio.
"Eu tive mais vitórias que ele (risos)", provoca Newton.
A inesperada junção profissional de ambos teve um tom de surpresa para Pelaipe. Segundo o novo diretor executivo do Vasco, a notícia do interesse cruzmaltino partiu de Drummond. "Ele me ligou e falou: 'nós vamos trabalhar juntos'. Foi o Newton que me avisou do interesse do Vasco. Resolvi em um dia", disse Pelaipe.
Ainda tomando pé da grave situação vascaína, a dupla diz que quer fincar seus nomes em São Januário:
"Vim fazer um trabalho junto com o Pelaipe e quero deixar um legado no Vasco. Nossa ideia é seguir em frente com o Vasco por muito tempo. Com a vontade que estamos, vamos avançar muito e fazer com que o Vasco volte a ser um ícone do futebol brasileiro", disse Drummond.
Fonte: UOL