Caso assuma a presidência, Brant terá dificuldade para anular vendas e contratos feitos por Eurico, diz jornalista
Sábado, 13/01/2018 - 21:14
Provável presidente do Vasco pela oposição, Júlio Brant terá dificuldades para anular as recentes negociações de jogadores e contratos do atual dirigente Eurico Miranda enfrentará barreira legais. Ele anunciou sua intenção de rever os últimos atos do atual presidente. Só que a base legal para isso é subjetiva já que Eurico tem a caneta no momento.
Primeiro, relembremos a situação: houve eleição indireta no Vasco com contestação judicial de uma urna em que havia acusação de fraude em favor de Eurico. A Justiça decidiu em favor de Brant até agora o que deve lhe dar a vitória em eleição no Conselho. O pleito tem que ser marcado até o dia 22 de janeiro.
Neste meio tempo, Eurico liberou Anderson Martins, praticamente fechou a vende de Mateus Vital e ainda ofereceu Paulinho e Guilherme Costa no mercado. Fechou um contrato de fornecedor esportivo com a Diadora que pode se estender a até três anos, segundo ele.
Os atos são vistos como lesivos por Brant que informou que vai analisar se vai reverte-los. Para isso, o grupo de oposição pretende alegar ''gestão temerária''. Esse mecanismo está na Lei de Responsabilidade do Esporte que prevê punição para quem descumprir determinados itens.
Só que, na lei, há previsão de descumprimento em casos de antecipação de receitas, medidas que causem aumento de endividamento trabalhista ou déficit, além de contratos com benefícios a dirigentes. Não há previsão de contratos com condições adversas.
A oposição do Vasco tem consciência da dificuldade, mas entende que é uma zona cinzenta e que pode alegar na Justiça que tratava-se de acordos lesivos ao clube. Isso poderia ser feito, por exemplo, caso Mateus Vital fosse negociado por um valor muito abaixo do mercado.
Dentro do Conselho Deliberativo atual do Vasco, majoritariamente a favor de Eurico, o entendimento é de que o dirigente tem a caneta e prerrogativa de assinar esses contratos enquanto durar seu mandato, que vai até 16 de janeiro. Não havia sequer necessidade de levar o contato de patrocínio aos conselheiros, nesta tese. Esse é outro ponto que será estudado pela oposição se as medidas de Eurico ferem o estatuto.
Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL