Luiz Zveiter declara suspeição e outro desembargador será relator no mandado de segurança pedido por Eurico
Segunda-feira, 08/01/2018 - 19:28
O desembargador Luiz Zveiter declarou suspeição e não será o relator no processo de mandado de segurança pedido pelo Vasco para que o processo eleitoral seja suspenso e que os atuais mandatos sejam prorrogados até que o caso da urna 7 seja resolvido.

Zveiter havia sido sorteado na tarde desta segunda-feira para ser o relator do processo que definirá o futuro do Cruz-Maltino. No início da noite, "por motivo íntimo para processar e julgar o presente feito" declarou suspeição.

O presidente Eurico Miranda e Luiz Zveiter se conhecem, e a relação preocupava o candidato Julio Brant. A chapa de oposição, "Sempre Vasco Livre", inclusive, estudava entrar com um pedido para tentar trocar o relator do caso. No ano passado, em meio à apuração de irregularidade da urna 7, o atual mandatário procurou Zveiter para tentar reverter a decisão que impugnou os votos.



A atual diretoria do Vasco protocolou recurso na última sexta-feira para tentar reverter a última decisão da Justiça, que anulou os votos da urna 7. No agravo interno, o clube pede para que a determinação da desembargadora Marcia Alvarenga seja reconsiderada, que o processo eleitoral seja suspenso e que o mandato de Eurico Miranda seja prorrogado até o julgamento final do caso.

Na prática, o Vasco pede que seja restabelecido o efeito suspensivo concedido anteriormente pela desembargadora. Esse efeito havia anulado a decisão da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, que anulava os votos da urna 7. Porém, após apresentação do laudo pericial, a desembargadora Marcia Alvarenga retirou o efeito, e os votos voltaram a ser suspensos.

No documento, de 46 páginas, o Vasco alega que a suspensão do processo eleitoral e a prorrogação dos atuais mandatos - não só de Eurico, mas de todos os poderes eleitos - "é a medida que melhor preserva os interesses do clube e garante o menor impacto na vida administrativa do Clube enquanto sequer produzida a prova pericial necessária."

No recurso, o clube questionou o laudo pericial simplificado e reafirmou que não há irregularidade nos 475 sócios que votaram na urna 7. O texto ainda acusa a oposição de ter forjado depoimentos que denunciassem fraudes no processo eleitoral.

Atualmente, os votos da urna 7 foram suspensos por determinação de Marcia Alvarenga. Ela acatou o laudo pericial e a decisão de primeira instância da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves.

Com isso, a chapa vencedora da eleição é a "Sempre Vasco Livre", de Julio Brant. Neste cenário, a oposição é a favorita para confirmar Brant como presidente no pleito do Conselho Deliberativo, que acontece no dia 15 de janeiro. A posse, porém, só acontecerá após aval da Justiça.

A chapa "Sempre Vasco Livre" ainda não teve acesso ao processo e só deve tomar conhecimento do teor do recurso na próxima semana.

Fonte: GloboEsporte.com