Antes de acertar com o Vasco, Anderson Martins demonstrava preocupação com possível atraso de salários
O elenco do Vasco se reapresentou no último dia 3, mas até esta sexta-feira, dois de seus principais jogadores não estiveram presentes. Embora comunicassem à diretoria o atraso, Nenê e Anderson Martins estão insatisfeitos por conta da questão dos salários atrasados. O clube deve o mês de novembro, 13º, férias, além de direitos de imagem, como no caso do zagueiro, que ainda não recebeu nenhum desde que chegou.
O incômodo do defensor, noticiado pelo Globoesporte.com, é a concretização de uma preocupação que ele tinha antes mesmo de acertar seu retorno ao Vasco. Na época, ainda no Qatar, Anderson Martins recebeu propostas melhores financeiramente que a do Cruzmaltino, como Atlético-MG e Corinthians, por exemplo, e estava propenso a aceitar uma delas. Além do salário maior, o zagueiro já demonstrava cautela em relação a instabilidade em São Januário, algo que ele conhecia de perto em função de sua primeira passagem pelo clube, em 2011, quando também conviveu com vencimentos atrasados.
Pode-se dizer até que a contratação chegou ao risco de melar mesmo após ser anunciada, mas Anderson, que ainda não havia assinado o contrato, foi convencido a aceitar por seu empresário, Carlos Leite, um parceiro de negócios de Eurico Miranda, eleitor do presidente cruzmaltino, e dono de uma série de jogadores do atual elenco.
Em relação a Nenê, a insatisfação vem desde o ano passado, quando se tornou pública e ele chegou a procurar a diretoria para pedir sua liberação. Porém, como não recebeu nenhuma proposta oficial, o meia acabou permanecendo.
Os atrasos salariais no Vasco se tornaram constantes a partir do segundo semestre do ano passado, justamente quando Anderson Martins acertou seu retorno. Nenê, por exemplo, ainda chegou a pegar um grande período de vencimentos em dia na gestão Eurico Miranda.
A dupla teve sua reapresentação remarcada para a próxima segunda-feira (8).
Sem perspectiva de melhora
E a preocupação dos dois jogadores deve persistir por algum tempo, já que não há uma previsão de melhora imediata no quadro financeiro do clube. Além da instabilidade política, fruto da indefinição quanto ao novo presidente, o Vasco presenciou no fim de dezembro de 2017 o término dos contratos com a Umbro e a Caixa Econômica Federal.
Em relação à fornecedora de materiais esportivos, o Cruzmaltino tem muito bem encaminhado um acordo com a Dilly Sports, empresa detentora no Brasil dos direitos da Diadora, num acordo que tem gerado polêmica nas redes sociais por estar sendo feito às vésperas de uma possível saída de Eurico Miranda da presidência.
Em relação ao banco estatal, que era o patrocinador máster do Vasco, o clube tenta uma renovação.
Fonte: UOL