Confira por onde anda cada um dos campeões brasileiros de 1997 pelo Vasco
Sexta-feira, 22/12/2017 - 14:36
Aquele Vasco campeão brasileiro de 1997 entendia mesmo de bola. Tanto que, passados 20 anos daquela conquista, a maioria dos jogadores daquele elenco segue envolvida com futebol. Tem de tudo: comentaristas, treinadores, preparadores, empresários...

Há as exceções, claro. Especialmente aqueles que não foram tão longe na carreira. O caso mais dramático foi o do volante Fabricio Eduardo, que foi camelô e chegou a ser preso em 2011. Mas ele também deu a volta por cima e hoje é instrutor de autoescola.

Confira o paradeiro de cada um:

GOLEIROS:

Carlos Germano:

Em 1997: Titular absoluto, fechou o gol nas finais contra o Palmeiras - ambas terminaram empatadas em 0 a 0. Seguiu carreira no clube e se aposentou em 2006, no Penafiel.

Em 2017: Virou treinador de goleiros, passou por Joinville e CFZ-RJ até ficar durante seis anos no Vasco. Em 2015, iniciou carreira de treinador no Doze-ES, ao lado do ex-companheiro Sorato. Esse ano treinou o Estrela do Norte-ES. Hoje, Carlos Germano mora no Rio.

Márcio:

Em 1997: Reserva imediato de Carlos Germano, pouco atuou na campanha. Aposentou-se em 2004, no próprio Vasco.

Em 2017: Foi treinador de goleiros do Cruz-Maltino de 2008 a 2014, quando Dinamite foi presidente. É sócio-administrador de um clube particular em Itaboraí-RJ e tem três campos de grama sintética no Rio, que aluga para fazer renda extra.

Caetano:

Em 1997: Atuou em três partidas na campanha do Brasileirão. Encerrou a carreira no Damash Theran, do Irã.

Em 2017: Foi proprietário de uma escolinha de futebol e atualmente trabalha como treinador de goleiros do Tractor Sazi, do Irã.

ZAGUEIROS:

Mauro Galvão:

Em 1997: Líder da zaga já com 36 anos, tornou-se um dos símbolos daquela equipe. Aposentou-se em 2002, no Grêmio. Em 2004, foi auxiliar técnico e depois treinador no Vasco. No ano seguinte, chegou a ser técnico do Botafogo por apenas dois meses. O último clube que Mauro Galvão atuou como treinador foi o Vila Nova, em 2005.

Em 2017: De 2009 em diante, deu início a carreira de gerente de futebol, no Grêmio. Ainda passou por Vitória, Avaí e, em 2012, foi gerente da base do Vasco. Hoje, faz eventos e apoia a chapa de Julio Brant no Vasco.

Odvan:

Em 1997: Era o típico "zagueirão", estilo clássico. Sem muita qualidade técnica, mas passava respeito ao adversário e não brincava em serviço.

Em 2017: Aposentou-se no São José, do Tocantins, em 2013. É sub secretário de futebol em Campos dos Goytacazes-RJ. Tem alguns empreendimentos, como uma empresa de aluguel de tenda para festa e campo de grama sintética. Também faz eventos festivos com o ex-companheiro Mauro Galvão.

Fabiano Eller:

Em 1997: Recém-saído da base, tinha 20 anos e atuou em apenas uma partida.

Em 2017: Aposentou-se neste mês de dezembro, no Náutico, aos 40 anos. Está de mudança para Linhares-ES, sua cidade natal. É pré-candidato a deputado federal.

Alex Pinho:

Em 1997: Não era titular, mas foi peça importante na campanha, sempre cobrindo possíveis ausências de Mauro Galvão ou Odvan. Participou de 22 jogos. Aposentou-se em 2008, no Atlético Tubarão-SC.

Em 2017: Alex acabou indo pelo caminho do empreendedorismo. Já teve clínica de estética, loja de conveniência em posto de gasolina, e hoje é sócio de um quiosque na praia de Camboinhas, em Niterói-RJ, morando em São Gonçalo-RJ.

Moisés:

Em 1997: Reserva da zaga. Atuou em sete jogos. Aposentou-se em 2005, no CSA, de Alagoas.

Em 2017: Seguiu carreira de treinador, passou por times pequenos, como Olímpico-SE, Atlético de Alagoinhas-BA, Feirense-BA e São Mateus-ES. No início do ano, estava no Amadense-SE, e vai treinar o Dorense-SE no ano que vem. Além disso, faz parte do projeto "Descobridores de Talentos", do Vasco, grupo de ex-atletas cruz-maltinos que indicam jovens promessas do futebol.

LATERAIS:

Maricá:

Em 1997: Com apenas 18 anos, foi bastante utilizado pelo técnico Antonio Lopes. Os gritos do treinador chamando o lateral acabaram virando folclóricos. Aposentou-se em 2011, no União de Rondonópolis-MT.

Em 2017: Mora em Florianópolis há 14 anos. Tem escolinha de futebol e é sócio de uma empresa que agencia jogadores de 16 a 22 anos, encaminhando jovens atletas a um CT na Alemanha.

Filipe Alvim:

Em 1997: Tinha apenas 18 anos na época. Foi obrigado a encerrar a carreira aos 26 anos, com problemas no coração.

Em 2007: Após parar, chegou a dar palestras ‘anti-álcool'. Se formou em Educação Física e se preparou para fazer estágios como técnicos de futebol. Em 2009, vivia com o que recebia do INSS e com o dinheiro administrado ao longo de apenas sete anos como profissional.

César Prates:

Em 1997: Exímio cobrador de faltas e excelente no apoio pelo lado direito. Era reserva e atuou em 11 partidas.

Em 2017: Encerrou a carreira em 2010, no Náutico, aos 35 anos. Em 2014, abandonou o mundo da bola para virar pastor.

Cafezinho:

Em 1997: Foi coadjuvante, fazendo apenas um jogo. Chegou ao clube após o Carioca, quando se envolveu em uma briga com Romário, então no Flamengo.

Em 2017: Encerrou a carreira de maneira forçada em 2005, com 38 anos, quando sofreu grave lesão que quebrou sua perna e joelho direito, no jogo entre Bom Jesus-AL e Coruripe-AL. Em 2014, passou a ajudar o vereador Kelmane Vieira, presidente da Câmara de Maceió, sendo como "homem de confiança" do político.

Felipe:

Em 1997: Cria da base, logo virou peça-chave e foi uma das revelações daquele Brasileiro. Tornaria-se um dos símbolos daquela geração do clube. Aposentou-se em 2013, no Fluminense.

Em 2017: Fez cursos de treinadores da CBF, trabalhou como técnico do Tigres-RJ com Pedrinho. Hoje, apoia a chapa de Julio Brant no Vasco.

MEIAS:

Pedrinho:

Em 1997: Era revelação no banco de reservas, com muita estrela e habilidade com a bola nos pés. No ano seguinte, firmou-se ainda mais com o título da Libertadores. Teve grave lesão no joelho em 1999 e, desde então, foi atrapalhado por problemas físicos.

Em 2017: Ainda chegou a jogar no Olaria em 2011, no Campeonato Carioca. Depois disso, aproveitou para curtir a família por dois anos, foi comentarista de um canal de TV, fez curso de treinador da CBF, treinou o Tigres-RJ ao lado do ex-companheiro Felipe. Hoje, sobrevive das finanças que construiu, com investimentos na bolsa de valores, imóveis e franquia de uma rede do ramo alimentício. Além disso, apoia a chapa de Julio Brant no Vasco.

Juninho:

Em 1997: Era o organizador do time, além da qualidade inquestionável na bola parada. Foi outro símbolo da vitoriosa geração cruz-maltina.

Em 2017: Aposentou-se no próprio Vasco, em 2014, aos 39 anos. Desde então, é comentarista de futebol da TV Globo.

Ramon:

Em 1997: Jogador bastante técnico, com muita qualidade no passe. Foi peça importante na conquista da Libertadores no ano seguinte.

Em 2017: Em 2013, foi contratado como auxiliar técnico do Joinville, que disputava a Segunda Divisão do Brasileirão. Em setembro de 2016 foi anunciado como treinador do Joinville, para comandar o time catarinense na Série B do Campeonato Brasileiro. Foi técnico do Anápolis-GO e Guarani-MG no ano passado. Recentemente acertou para treinar a equipe do Tombense para a disputa do Campeonato Mineiro e Série C do ano que vem.

Luisinho Quintanilha:

Em 1997: Volante que não primava pela técnica, mas raça e fôlego não faltavam. Era um dos líderes daquela equipe. Aposentou-se em 2000, no próprio Vasco.

Em 2017: Treinou alguns times do interior paulista, foi auxiliar técnico do Jorginho, no Bahia, treinou o São Cristóvão no ano passado, na disputa da Série B do Carioca. Fez curso de treinador na CBF. Hoje, aguarda propostas e mora no Rio.

Fabrício Eduardo:

Em 1997: Com apenas 19 anos, participou de dois jogos. Aposentou-se em 2006, no Casimiro de Abreu-RJ.

Em 2017: Foi camelô e chegou a ser preso em 2011, mas foi liberado sob fiança após apenas dois dias. Hoje, faz faculdade de engenharia mecânica em Campos dos Goytacazes-RJ e trabalha como instrutor em uma auto escola da região.

Nasa:

Em 1997: Veio do Madureira após o Campeonato Carioca e logo virou titular. Curiosamente, o Vasco ficou entre Nasa e Marcão para contratar. Era outro volante em que a técnica não era o forte, mas, assim como Luisinho, mostrava muita vontade. Encerrou a carreira no Madureira, em 2005, aos 37 anos.

Em 2017: Hoje, ganha a vida construindo, alugando e vendendo casas. Mora em Juazeiro do Norte, no Ceará.

Válber:

Em 1997: Voltou do São Paulo e atuou improvisado na lateral direita, apesar de ser zagueiro. Recusou-se a falar sobre o Vasco.

Em 2017: Encerrou a carreira em 2008, aos 41 anos, no America-RJ. Depois disso, chegou a se aventurar nos campos de showbol, vestindo a camisa do São Paulo, primeiro como jogador e depois como técnico. Em 2014, foi treinador do Audax-RJ no Campeonato Carioca. Em 2017, virou orientador das categorias de base do Fluminense, em Xerém.

Fabrício Carvalho:

Em 1997: Cria da base, tinha 19 anos e atuou em dois jogos na campanha. Aposentou-se em 2012, no Santa Helena-GO.

Em 2017: Tem projeto social de escolinha de futebol em Campo Grande-RJ, o Projeto Fabrício Carvalho. Foi auxiliar técnico da base do Audax-RJ. Faz parte do time máster do Vasco, que disputa campeonatos de showbol. Está prestes a ter sua primeira experiência como treinador, assumindo o São Matheus-ES.

Nelson:

Em 1997: o volante era reserva, mas participou de nove jogos da campanha. Normalmente era chamado por Antonio Lopes para entrar no segundo tempo quando o time vencia as partidas.

Em 2017: Nelson saiu do Vasco em 1999 e rodou por diversos clubes. O último foi o Barra Mansa-RJ, em 2008.

ATACANTES:

Edmundo:

Em 1997: O principal nome da campanha. Bateu o então recorde de gols em um só Brasileiro, marcando 29. Logo após o título, foi vendido para a Fiorentina.

Em 2017: Aposentou-se no próprio Vasco, aos 37 anos. Desde 2010, é comentarista de futebol em canais de TV. Hoje trabalha na Fox Sports.

Sorato:

Em 1997: Herói do título de 1989, participou de apenas cinco partidas na campanha do tri. Aposentou-se em 2009, no Tigres-RJ, time que também foi auxiliar técnico no ano seguinte, em 2010.

Em 2017: Assumiu o sub-20 do Vasco em 2012 até fim de 2014. Foi treinador do Doze-ES em 2015 e 2016. Nesse ano, trabalhou no Estrela do Norte-ES. Atualmente, mora no Rio de Janeiro.

Brener:

Em 1997: Habilidoso, veloz e bom finalizador. Esteve em quatro jogos. Aposentou-se no River-PI, aos 33 anos.

Em 2017: Tem campos de grama sintética em Petrópolis-RJ e São Gonçalo-RJ e empreendimentos imobiliários. Ainda trabalhou por dois anos na prefeitura de Itaboraí-RJ, saindo no fim do ano passado.

Mauricinho:

Em 1997: Estava na reta final da carreira, marcada por muita velocidade e habilidade. Ainda assim, foi peça importante e participou de 18 jogos.

Em 2017: Aposentou-se em 2000, no Comercial-SP. De 2005 a 2008, foi diretor do Olé Brasil, time de Ribeirão Preto. Ainda chegou a ser presidente do Votoraty-SP, de 2008 a 2011. Em 2014, foi um dos auxiliares técnico de Vagner Mancini no Botafogo. Hoje, reside em Ribeirão Preto-SP.

Evair:

Em 1997: Reeditou dupla de sucesso com Edmundo. Desta vez, porém, cumpriu função diferente: foi o garçom para o companheiro se consagrar. Deixou o clube após o Brasileiro e assinou com a Portuguesa.

Em 2017: Encerrou a carreira em 2003, no Figueirense. No ano seguinte, começou carreira de treinador, sendo técnico do Vila Nova-GO. Chegou a ser olheiro, coordenador das categorias de base da Ponte Preta, e retornou para a função técnica em 2008, no Anápolis-GO.

Luiz Cláudio:

Em 1997: Ficou conhecido como o "artilheiro do segundo tempo". Era o amuleto de Antônio Lopes, por entrar sempre no decorrer da partida e marcar gols importantes.

Em 2017: É empresário de jogadores de futebol.

Espíndola:

Em 1997: Pouco participou: fez apenas um jogo. É irmão do goleiro Julio Cesar, ex-Flamengo e seleção brasileira.

Em 2017: Encerrou a carreira aos 32 anos, no CFZ-RJ, em 2007. Recusou-se a falar com a reportagem.



Fonte: GloboEsporte.com