Em ano de volta à Libertadores, o Vasco não vai realizar grande investimento no futebol. Na proposta orçamentária entregue a conselheiros, o clube apresentou números parecidos com os de 2017 para o setor profissional. No geral, a previsão de receita é de R$ 274 milhões, com despesa estimada em R$ 225 milhões – um superávit de R$ 49 milhões.

E como o Vasco pretende ter esse superávit e esse aumento de receita?

A presença na Libertadores gera expectativa de que o Vasco arrecade R$ 7 milhões. Duas das principais fontes de receitas estão ligadas a jogadores: estima-se R$ 30 milhões em direitos federativos e econômicos – ou seja, venda de atletas – e outros R$ 18 milhões provenientes do mecanismo de solidariedade da Fifa. Neste segundo caso, o mais provável seria a negociação de Philippe Coutinho.

Nas despesas, não há grande alteração. Há um pequeno aumento na folha salarial do elenco profissional: estima-se cerca de R$ 47 milhões anuais, contra os R$ 44 milhões de 2017. O investimento em atletas profissionais está orçado em R$ 10 milhões, em vez dos R$ 20 milhões deste ano, mas não há detalhamento do que seria este investimento.

Para se ter uma ideia, a previsão é de gastar R$ 2,5 milhões com transferência de atletas (foram R$ 3,8 milhões em 2017) e outros R$ 2,2 milhões em luvas – não necessariamente de novos nomes. Empréstimos de jogadores estão orçados em R$ 4 milhões. Ao todo, a despesa com futebol profissional cresceu cerca de R$ 12 milhões em relação a 2017.

- A situação do Vasco é difícil. Na ponta do lápis, a perspectiva do clube não é muito boa. Vai ser um ano de muita dificuldade. Vamos ter que apertar muito o cinto. Todos os departamentos devem apertar o cinto, fazer reduções drásticas em despesas e custos. O clube precisa disso. Eu acho que dá para montar um time competitivo - disse Eurico Brandão, vice-presidente de futebol, em entrevista recente ao GloboEsporte.com.



Fonte: GloboEsporte.com