Julio Brant não irá esperar a definição jurídica para planejar uma possível gestão do Vasco. Agora diante de um efeito suspensivo que voltou a considerar a urna 7, ele prefere deixar o "terreno" ajeitado caso tenha de assumir o comando do clube. O candidato de oposição tem se reunido com seu grupo e prospectado profissionais para auxiliar na administração do próximo triênio caso seja confirmada sua vitória.
Alguns deles já estão apalavrados, enquanto outros - ainda vinculados ao mercado executivo - dependem de parecer judicial favorável a Brant para darem sinal verde. No âmbito do futebol também já há movimentações, mas os pares de Julio têm encontrado dificuldades em função da indefinição nos tribunais.
O projeto, guardada as devidas diferenças, se assemelha ao do Flamengo do presidente Eduardo Bandeira de Mello, que misturou executivos e dirigentes eleitos e foi responsável por alcançar uma austeridade financeira na Gávea.
Alguns nomes conhecidos já estão entre os que participarão de uma possível futura gestão, casos do ex-candidato Alexandre Campello - médico que abriu mão do pleito para se unir com Brant e que deverá ser o vice-presidente geral – e Nelson Sendas, empresário filho de Arthur Sendas, ex-dono de uma rede de supermercados.
Outras figuras políticas e executivas importantes e que participaram diretamente da campanha de Julio Brant são o deputado estadual e ex-candidato à prefeitura do Rio, Carlos Roberto Osório (PSDB-RJ), e o presidente da Supervia, José Carlos Prober. Ambos, a princípio, não integrarão diretamente a possível diretoria por conta de compromissos profissionais.
Vale lembrar que, quando decidiram se aliar, os grupos de Julio Brant e Alexandre Campello chegaram a um consenso para as divisões de cargo na diretoria.
Eurico volta a ser "vencedor"
Com o efeito suspensivo concedido nesta quinta-feira (23), Eurico Miranda voltou a ser momentaneamente o vencedor da eleição. A juíza Marcia Ferreira Alvarenga considerou que uma decisão só poderá ser tomada depois que ocorrerem as perícias tanto na urna que contém 475 votos quanto no caderno de votação. Ambas estão em juízo na 52ª Vara Cívil do Rio de Janeiro.
Entenda a polêmica da eleição do Vasco
A urna 7 da eleição do Vasco ficou sub-júdice com 691 sócios sob suspeitas de irregularidades. No dia do pleito, 475 votaram, sendo 90% deles em Eurico, o que ajudou o atual presidente a vencer no somatório total. Na semana passada, porém, a juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, da 52ª Vara Cívil, decidiu por desconsiderar a urna polêmica. Sem os votos dela, o candidato Julio Brant tornou-se o vencedor. O caso, porém, ainda cabe recurso e Miranda já avisou que assim irá fazer.
Fonte: UOL