"Estivemos irreconhecíveis". Assim o técnico Zé Ricardo resumiu o desempenho do Vasco na derrota por 3 a 1 para o Atlético-PR, domingo, na Arena da Baixada. A equipe não só desperdiçou mais uma chance de entrar na zona de classificação para Libertadores como caiu uma posição na tabela do Brasileiro. Agora está em nono. A duas rodadas do fim, a pressão aumenta de todos os lados e a margem de erro diminui.

De acordo com o matemático Tristão Garcia, as chances do Vasco caíram de 38% para 14%. Após esta rodada, o sétimo colocado é o Botafogo, com 52 pontos, dois a mais do que a equipe cruz-maltina. Para deixar ainda mais complicado o cenário, o Atlético-MG está com 50 pontos e, por ter saldo melhor do que o Vasco, passou para a oitava posição.

Para não precisar torcer muito pelos títulos do Grêmio, na Libertadores, e do rival Flamengo na Sul-Americana (que acaba só após o Brasileiro), para que o G-7 vire G-8, o Vasco terá que buscar melhores resultados contra Cruzeiro e Ponte Preta.

- Dependemos de nós ainda. Agora é levantar o moral. Ficamos chateados, mas vamos lutar enquanto houver qualquer porcentagem de chance - afirmou Zé Ricardo.

A vaga na Libertadores salvaria um ano de pouco brilho da equipe. Como o presidente Eurico Miranda há algum tempo garante com todas as letras que o Vasco vai se classificar, o sucesso (ou insucesso) seria um tempero a mais no já conturbadíssimo panorama político do clube.

Zé Ricardo, inclusive, abordou este tema das questões extracampo. Para o treinador, a sequência de 11 jogos de invencibilidade serviu para minimizar os possíveis efeitos.

- É importante tocar nesse assunto, porque desde que chegamos uma das providências era de que nada iria atrapalhar nosso trabalho. O clube estava passando por um período eleitoral. Acho que os resultados acalmaram um pouco, isso facilitou. Não interferiu no nosso trabalho - disse o treinador.



Fonte: GloboEsporte.com