Em entrevista, Eurico Miranda fala sobre sua campanha e planejamento para o Vasco caso seja reeleito
Na noite deste sábado, este LANCE! recebeu as respostas do atual presidente do Vasco e candidato de situação, Eurico Miranda (chapa Reconstruindo o Vasco), para as 15 perguntas da série especial publicada nos últimos dias em nossas mídias com todos os postulantes ao cargo na eleição de terça-feira. Apesar da publicação na manhã deste sábado das perguntas sem respostas de Eurico Miranda, por decisão da direção da empresa, em respeito a você, nosso leitor, publicamos abaixo a íntegra das respostas dele. Pela oposição concorrem Fernando Horta (chapa Mudança com Segurança) e Julio Brant (Sempre Vasco Livre).
Faça uma apresentação.
No meu caso não há motivo para apresentação. Cinquenta anos de serviços prestados ao Vasco possibilitam o conhecimento de todo o quadro social.
Qual é o carro chefe da campanha?
A recuperação do Vasco depois do mais desastroso período administrativo do clube – entre 2008 e 2014 – sob o comando do MUV. O sócio do Vasco deve visitar São Januário e ver o que foi feito. A chapa se chama Reconstruindo o Vasco porque o trabalho ainda não terminou. Recuperação patrimonial, financeira e esportiva marcam a campanha.
Qual é o planejamento que você tem para o futebol?
Aumentar ano a ano a competitividade da equipe. Isto já foi feito este ano e, a partir de agora, com a base revitalizada e uma situação financeira mais estável, vamos crescer ainda mais.
Técnico Zé Ricardo fica em 2018 caso vença a eleição?
O Zé Ricardo é o técnico do Vasco para 2018.
E o planejamento para a estrutura do clube?
O Vasco hoje tem uma estrutura muito superior a que existia em 2014. São Januário está muito bem equipado. Vamos atuar para melhorar a área da arquibancada, trabalhar para a ampliação gradativa da capacidade e viabilizar um Centro de Treinamento. A primeira opção é resolver a situação do terreno da Washington Luiz, onde há negociações com a União. A dívida fiscal do Vasco está equacionada. As demais ainda pressionam muito o caixa do clube, mas duas situações vão melhorar no próximo triênio e são exatamente as duas maiores receitas: a divisão dos recursos da TV mudam a partir de 2019 (as regras atuais aceitas pela administração Dinamite foram ruins para o Vasco, que recebeu de 500 a 600 milhões de reais a menos que outros clubes num período de dez anos). E com a base do futebol recuperada haverá também recursos importantes na cessão de direitos que praticamente não existiram no período anterior.
Qual o ponto que você considera mais vulnerável da administração do clube no momento?
Ainda a pressão do pagamento das dívidas do passado no fluxo diário. Temos parcelamentos das contas de água, impostos e acordos pesados que tivemos que fazer para que as penhoras não inviabilizassem o dia a dia do clube.
Qual será sua primeira atitude caso seja reeleito?
Já sou o Presidente do Vasco, mas sem dúvida vamos trabalhar para um 2018 de sucesso no futebol e demais esportes.
Quais os planos para São Januário e um possível Centro de Treinamento?
Manter e reforçar a estrutura que recuperamos e construímos nos últimos três anos. Precisamos de melhorias na arquibancada e ampliações gradativas de nossa capacidade. Quanto ao CT vale lembrar que esta administração pagou cerca de 10 milhões de reais por dívidas de um CT que possuíamos até 2008 (Vasco Barra). Estamos trabalhando na solução do terreno da Washington Luiz e, sem dúvida, com a situação financeira mais estável teremos essa capacidade.
O que fazer para crescer e dar credibilidade à marca Vasco no mercado?
A marca Vasco é extremamente valorizada pela TV e mercado. Os resultados de exposição são muito bons. O trabalho nos próximos três anos será mais agressivo até porque a situação de crise geral da economia exige isso e hoje o Vasco pode faze-lo porque cumpre os seus compromissos. Teremos um Vasco mais agressivo no segmento.
Com você no comando, o investimento nos esportes olímpicos será forte ou ficará em segundo plano por causa do futebol?
Os esportes olímpicos só existem se houver vontade política. Quem for esperar que todas as despesas sejam pagas seu usar os recursos do clube não fará nada. Recuperamos o basquete, compramos uma moderna flotilha para o remo e reinauguramos o Parque Aquático. Somos o único grande clube do Rio com diversas equipes no paralímpico e no atletismo. O Vasco não é só um clube de futebol.
Qual o plano para trabalhar o programa de sócio-torcedor?
Chegamos aqui com um contrato de uma empresa terceirizada que cuidava da cobrança dos sócios e impedia o lançamento do sócio-torcedor. Tivemos que esperar um ano. Lançamos em parceria com a Futebol Card, que já tinha a experiência vitoriosa no Palmeiras, e o programa é lucrativo desde o início. Pode crescer mais até porque foi lançado quando estávamos na segunda divisão e em meio a uma crise econômica forte no País. Mas vale ressaltar que o programa é lucrativo.
Na questão de patrocínio e fornecedora de material esportivo, o que fará caso seja eleito?
Temos contratos em vigor que respeitamos e que são prioridade em caso de renovação.
É a favor de uma reforma estatutária? E é a favor do Vasco passar a ter uma eleição direta?
A reforma estatutária para atualização pode ser feita. Aliás, a nossa administração fez algumas adaptações para recebimento de recursos públicos e transparência. A forma da eleição atual em nada difere no resultado de uma eleição direta. No Vasco ninguém perde na urna do sócio e ganha no Conselho. Não há hipótese.
Deixe seu recado ao torcedor.
O pior já passou. A reconstrução deve continuar porque o Vasco não pode viver a irresponsabilidade do período anterior. Venha ao Vasco e veja o que foi feito. Os próximos três anos serão de sucesso.
Fonte: Lance