Veja mais trechos da reunião de Eurico Miranda com vascaínos em Caxias
Sábado, 04/11/2017 - 08:11
Na última terça-feira, dia 31 de outubro, o atual presidente do Vasco e candidato à reeleição em 07 de novembro, Eurico Miranda, esteve reunido com sócios e apoiadores de sua campanha, no município de Duque de Caxias.
Como todos sabem, o candidato se recusa a dar entrevistas e o Saudações Vascaínas, mostrando mais uma vez sua isenção, uma vez que apresentou a plataforma de todos os outros principais candidatos, conseguiu estar presente no evento e trás, além de um áudio exclusivo da fala do candidato, o que de mais importante foi apresentado.
Um furo de reportagem conseguido por nosso enviado especial Rafael Cordeiro.
Lembramos que não se trata de uma transcrição ipsis litteris do áudio em anexo a esse artigo (Clique para abrir o áudio), mas sim de um resumo com os principais itens.
Apresentação
Eurico começa sua fala, externando o prazer de estar em Caxias, cidade pela qual possui laços especiais, declarando que deseja concluir um dia o Centro de Treinamento da Washington Luiz.
Explica o objetivo de sua visita a Duque de Caxias, informando que veio para essa reunião com vascaínos, basicamente para pedir aos sócios do Vasco, que compareçam no dia 7 de novembro em São Januário, para exercerem o seu direito de voto. Não para votar no Eurico, mas para votar a favor do Vasco.
Adversários
Eurico diz que o que estamos vendo, é um pessoal que passou pelo Vasco e arrasou com o Vasco, e que não satisfeitos, querem voltar para completar o trabalho de destruição que foi feito. Em seguida, passa então a analisá-los de forma breve:
Julio Brant/Alexandre Campello – "Julio Brant desceu de paraquedas, que nunca foi nada no Vasco, que é capaz de não saber quantos portões tem em São Januário. E eles descem de paraquedas e acham que podem dirigir um clube como o Vasco. Aí se juntam, por exemplo, que parece que agora se juntaram. O Alexandre Campello, que foi um médico do Vasco, mas nunca exerceu cargo nenhum no Vasco. Cargo nenhum. Aliado com o Roberto Monteiro, que presidiu a eleição passada e diz que, de repente, tem sócios, que a eleição passada foi fraudada. Eu posso dizer a vocês o seguinte: Eu não estava na administração, eu não comandei o processo eleitoral. Se houve fraude, foram eles que fizeram. E fraude a favor deles."
Fernando Horta – "Tem um outro candidato que apareceu. Que esteve comigo como primeiro vice-presidente, Fernando Horta. Foi a única vez que ele teve um cargo no Vasco. Ele nunca ocupou nenhum cargo no Vasco. Nem diretor de ping-pong. Ele nunca foi nada. Rigorosamente nada. E nesse tempo que esteve lá, ele teve a oportunidade de ajudar o Vasco E nada ! Ele foi completamente omisso. E que ele não venha com a desculpa que foi omisso, porque não deixavam ele participar. O omisso vem sempre com essa, quando ele não quer participar, diz que o outro é quem impediu que ele participasse. E hoje, fica colocando como se na verdade fosse um grande administrador."
Sobre Horta, disse ainda que administrar uma escola de samba é muito diferente de administrar um clube de futebol, principalmente com a dimensão do Vasco.
Em seguida, continuou seu discurso apresentando sua experiência, ressaltando que passou por todos os cargos do clube. Dos menores até chegar à presidência.
Volta ao Vasco
Confessou que "não deveria estar mais postulando a presidência do Vasco, mas da maneira como o Vasco se encontrava. Como eles estavam levando o Vasco para um abismo sem fim, me obrigou a retornar. E o que eu encontrei foi um negócio muito sério. Muito sério. Não dá para descrever para todos, como aquilo estava. E foi em todos os sentidos, na área patrimonial, na área esportiva e, principalmente, na área da representatividade.
Voltamos e começamos um trabalho para a reconstrução do Vasco, por isso o nome da chapa."
Reforçou seus argumentos dizendo que destruir e fácil e reconstruir é muito mais difícil. E que esses três anos não foram suficientes ainda para fazerem tudo aquilo que pretendíam. E é por isso que estão aqui, preiteando mais 3 anos à frente dos destinos do Vasco. Não há outro motivo para estarem aqui.
Futebol e Trabalho social
Em seguida, passou a abordar esse tema importante, dizendo: "Mas e o futebol? O futebol, é decorrência da situação que você tem, da possibilidade e da capacidade de investimento Com a situação que nós tínhamos, com um quadro de endividamento enorme e que você não podia fazer o investimento no futebol dentro da situação que a gente precisava recuperar, fazer todo um equacionamento da situação do Vasco. Eu encontrei o Vasco com uma dívida de mais de 700 milhões e, nesse período, nós conseguimos reduzir essa dívida em 200 Milhões. Mas o processo é um processo lento e está num bom caminho.
Mas voltando ao futebol, que é o que o torcedor gosta, o futebol é sem dúvida nenhuma, o carro chefe. Mas o vascaíno tem a obrigação de saber que o Vasco não é só futebol. Que o Vasco tem um trabalho social muito forte. Que o Vasco é o clube que dá oportunidades aos menos favorecidos. Quem não sabe, vai lá ver. Temos uma escola de primeiro e segundo graus. O Vasco fornece mais de 1500 refeições por dia, aloja na ordem de 300 atletas, fora o que o Vasco realiza no departamento que eu considero mais importante, o departamento infanto-juvenil, para 2 mil crianças e jovens adolescentes.
E isso tudo não se faz de graça. E podiam pensar:
– Ah! Não faça mais isso e cuide só do futebol !!!
Mas isso é uma coisa que, com certeza, eu não vou fazer !!!
Mas objetivamente, sobre o time de futebol, a gente vê que nós fomos pelo caminho certo.
Quando nós começamos nesse ano, aproximadamente 90% achava que o Vasco estaria disputando para não ser rebaixado. E a situação hoje é bem diferente. Lá atrás, eu disse que o objetivo do Vasco era chegar à Libertadores e nós estamos, passo a passo, chegando lá, contra todos os obstáculos que nos foram colocados."
Política
Antes de terminar sua fala, Eurico Miranda fez referência ao tipo de política que ele chama de "Rasteira", praticada no Vasco, dando a entender que tentam de todas as formas prejudica-lo, citando como consequência dessa política, a punição com a perda de 6 mandos de campo e a necessidade de reformar São Januário. Dizendo: "Ou seja, tivemos prejuízo financeiro e prejuízo de ordem técnica, porque aquilo que estava feito no Vasco era de fora para dentro, com o objetivo de tumultuar o Vasco."
Relatou ainda nesse tópico, que em uma conversa com o ex-candidato, Otto de Carvalho, esse último revelou que ele somente tinha chance de ganhar a eleição, dependendo de como seria o resultado do Futebol, ou seja, sugerindo que Otto de Carvalho torcia contra um bom resultado do futebol para alcançar um bom resultado eleitoral.
Ao final, pediu o apoio para que os sócios compareçam para a votação, para poder continuar com o trabalho de reconstrução do Vasco. Que continua com muita disposição e tem uma coisa importante que não perdeu, que é o amor ao Vasco.