Mudança do Vasco para o Maracanã não evita problemas gerados por disputa política
Terça-feira, 31/10/2017 - 12:14
Quando o vandalismo tomou conta de São Januário dia 8 de julho, no clássico entre Vasco e Flamengo, resultando na morte de uma pessoa do lado de fora, a diretoria cruzmaltina foi direta em apontar o motivo do caos: clima político. Com esta visão em mente e após cumprir seis jogos de pena, ela não teve dúvidas em transferir para o Maracanã os mandos da equipe nas partidas que antecedem a eleição de 7 de novembro. A alteração, porém, não foi suficiente para impedir o ambiente eleitoreiro hostil e violento na arquibancada.
No último sábado, justamente contra o Rubro-Negro, uma pancadaria entre vascaínos pôde ser vista tão logo um grupo passou a entoar cânticos pedindo a saída do atual presidente do clube, Eurico Miranda. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) precisou agir para conter os socos e pontapés (veja no vídeo acima).
No próximo domingo, o Vasco novamente marcou seu compromisso para o estádio e a expectativa é de uma ação maciça dos grupos políticos, uma vez que o duelo com o Vitória se dará dois dias antes do pleito.
Na última segunda-feira, as chapas dos oposicionistas Alexandre Campello e Julio Brant se unificaram e o desenho eleitoral do clube se apresenta agora com quatro candidatos: Eurico Miranda, que busca a reeleição, Fernando Horta, Brant (com Campello de vice) e Antônio Miguel Fernandes.
Na eleição passada, no fim de 2014, o clima foi tenso, com focos de brigas e ameaças dentro e fora de São Januário. Semanas antes, numa convenção de Eurico, grupos se enfrentaram pelas ruas do bairro da Tijuca e até facas foram utilizadas. A expectativa para o pleito deste ano é a de que se tenha um forte aparato de seguranças particulares e policiais militares.
77 presos
Antes da bola rolar no último domingo, 77 pessoas foram presas na sede da organizada Força Jovem portando porretes, soco inglês, fogos de artifício e até uma faca. Seis eram menores e foram liberados posteriormente. O restante foi conduzido para o presídio José Frederico Marques, em Benfica (RJ). Eles planejavam uma emboscada a rubro-negros no Maracanã.
Fonte: UOL