Com Paulinho titular, Seleção perde para Inglaterra por 3 a 1 e é eliminada na semifinal do Mundial Sub-17
Quarta-feira, 25/10/2017 - 11:24
Não foi desta vez que o Brasil vai disputar o título do Mundial Sub-17. Na manhã desta quarta-feira, o time comandado por Carlos Amadeu não conseguiu para o ataque letal da Inglaterra e acabou sendo derrotado por 3 a 1. O nome do jogo acabou sendo o atacante inglês Rhian Brewster, que marcou os três gols da sua seleção e assumiu a artilharia isolada do campeonato, com sete gols.

Apesar do resultado, o Brasil fez um bom jogo. Mesmo melhor na partida, acabou sofrendo o primeiro gol logo no início. A reação foi rápida e Wesley empatou aos 20 minutos, depois de grande jogada com Paulinho. O segundo gol inglês saiu ainda no primeiro tempo e a segunda etapa acabou sendo de muita luta, mas pouco futebol. Ainda deu tempo para Brewster marcar seu hat-trick e dar números finais ao duelo.

Apesar da eliminação, o Brasil terá mais uma partida. Os jovens ainda enfrentam o perdedor do jogo entre Mali e Espanha, na disputa pelo terceiro lugar.

O JOGO

O começo do jogo foi de amplo domínio do Brasil. Enquanto trocava passes e tentava a infiltração na defesa, o time inglês se postava de forma bem compacta e dificultava as finalizações no último terço do campo. A primeira chance perigosa veio com Foden, um dos principais jogadores da Inglaterra, mas o chute passou por cima do gol. A primeira vez que o Brasil conseguiu finalizar ao gol foi aos sete minutos, com Marcos Antônio. O meio-campista chutou de muito longe e criou dificuldades para Anderson, que sofreu com algumas defesas e chutes que deixou escapar no primeiro momento.

Mesmo melhor, veio o banho de água fria na seleção Brasileira. Aos nove minutos, Hudson-Odoi fez ótima jogada pela linha de fundo e cruzou para Brewster. O camisa nove completou para o gol e Brazão fez uma grande defesa. No rebote, o atacante completou para o gol livre e abriu o placar.

O gol não foi sentido pelo Brasil, que seguiu incessantemente na busca pelo empate. Assim como no início, a Inglaterra dava espaço para o toque de bola e as triangulações, mas apenas na primeira parte do campo. No último setor, as coisas se fechavam e quase sempre a bola era afastada pela zaga inglesa, que não fazia questão de ter a posse.

Aos 20 minutos veio o empate. Wesley e Paulinho, jogadores de Flamengo e Vasco, fizeram uma grande troca de passes e o meia do Cruz-Maltino deixou o lateral na cara do gol. Na primeira chance o goleiro fez a defesa, mas no rebote a rede balançou e o Brasil igualou o marcador.
A partir da segunda metade do primeiro tempo, ficou ainda mais evidente os espaços que o Brasil dava para a seleção inglesa pelos lados do campo. Por esse setor saiu o segundo gol da Inglaterra. Foden recebeu pelo lado esquerdo da defesa brasileira e tocou para Sessegnon, que cruzou rasteiro e Brewster, novamente, marcou o gol.

Na segunda etapa, a Inglaterra começou tentando pressionar o Brasil, que começou a ter mais espaços para jogar. A primeira chance aconteceu com Marcos Antonio, aos quatro minutos, bateu de longe e ganhou o escanteio. Aos poucos o time foi se soltando e chegou em três oportunidades consecutivas, mas sem precisão no chute para empatar o jogo.

A aposta inglesa passou a ser os contra-ataques. A cada erro de passe brasileiro, Foden e Brewster já saiam em velocidade para receber o lançamento. A jogada, entretanto, foi bem neutralizada pela defesa brasileira.

Quem acabou não sendo neutralizado foi o atacante Brewster. Aos 31 minutos, o atacante fez o terceiro gol dele e deu números finais ao duelo. Foden abriu para Howe, que cruzou e foi necessário apenas o complemento do artilheiro do campeonato.

O time brasileiro sentiu o terceiro gol e o cansaço começou a ficar evidente. O time pouco chegou ao ataque e, quando avançou, não deu grande trabalho ao goleiro Anderson. No final, venceu o time mais letal e mais consistente defensivamente. Com a derrota, o Brasil segue para a disputa do terceiro lugar contra o perdedor do confronto entre Mali e Espanha.



Fonte: Gazeta Esportiva (texto), Getty Images (foto)