Conhece aquele ditado: ''filho de peixe, peixinho é''? Então, nada pode classificar melhor a relação de Kevin Albuquerque com seu pai, Emerson Sheik. Isso porque os dois são polêmicos por natureza. A irreverência do centroavante é um traço marcante, seja alfinetando rivais, frases fortes, e tantas outras situações. Pelo visto, seu filho vai pelo mesmo caminho. Quando Sheik estava no flamengo, Kevin fez questão de provocá-lo nas redes sociais, postando uma música do Vasco, logo após uma vitória do Cruz-maltino, em cima do Rubro-negro. O fato rendeu uma baita repercussão na imprensa, o garoto saiu em praticamente todos os veículos de comunicação. Agora, em contato direto com o Supervasco, Kevin mostrou mais uma vez sua personalidae forte. Revelou que seu pai sempre prejudicou seu sonho de ser jogador de futebol.
''Fico chateado com isso, pois já tive várias oportunidades, mas meu pai nunca me ajudou, nunca deixou eu andar sozinho. Se teu filho quer ir, você não precisa ajudar, mas também não vai atrapalhar, vai deixar ele tentar. Mas ele, além de não ajudar, me atrapalha. Fico chateado com isso'', disse.
Kevin lembrou todos os momentos que Emerson não deixou ele seguir na carreira de jogador. Uma delas, inclusive, ele chegou perto de conseguir entrar nas categorias de base do Vasco.
''Em 2011, eu fui federado em um clube da terceira divisão do Rio de Janeiro, o Artsul, mas com apenas três dias treinando lá, ele me tirou do clube. Em 2012, no Corinthians, eu batendo uma bolinha no campo, o Edu Gaspar chamou meu pai, e falou para me deixar treinando com a divisão de base, mas ele falou que eu não podia. Sendo que eu liguei para minha mãe todo feliz, perguntando se eu podia ficar lá, e ela deixou. Em 2014, ele não me permitiu fazer o teste no Fluminense. Em 2016, eu passei na peneira do Vasco, com seis gols, sendo um olímpico. Já treinando com o clube, e quase me federando, ele mais uma vez me tirou da jogada. Depois de tudo isso, veio a situação que mais chateou de todas. Um olheiro me viu treinando no Vasco, e me convidou pra treinar em uma equipe do Chile, mas como eu ainda era menor de idade, precisava de uma autorização do meu pai, que não veio'', explicou.
Os questionamentos de Kevin continuaram. Ele não entende o porquê de Sheik agir desta forma, nesta questão profissional, até porque a convivência deles é boa.
''não sei se ele tem medo de ter um filho jogador, da história dele ser comparada com a minha, ou a minha ser melhor. Ele tem medo de alguma coisa, que eu não sei o que é. O que sempre fica martelando na minha cabeça, é de nunca ter me ajudado na carreira, sempre atrapalhado. Sendo que minha relação com ele não é ruim, também não é excelente, mas é boa, falamos o necessário'', comentou.
Ainda com o sonho aceso de se profissionalizar, Kevin conta que está jogando beach soccer, e também vai se aventurar no futebol de salão, em breve. Com 19 anos de idade, o garoto ainda aguarda uma chance ''Estou disputando o sub-20 de futebol de areia, e também vou entrar numa liga de futsal, caso apareça uma oportunidade boa, estou aqui para tentar'', finalizou.
Fonte: Supervasco