Torcida fez muito barulho e apoiou o time do lado de fora de São Januário
Domingo, 10/09/2017 - 09:34
O desavisado que passasse pela rua Francisco Palheta na tarde de sábado acharia que era apenas mais um jogo normal do Vasco em São Januário. Entretanto, o amontoado de torcedores batendo bumbos, tremulando bandeiras e cantando tinha outra missão. Impedidos de entrar no estádio para assistir ao duelo com o Grêmio, eles estavam ali apenas para "abraçar" o time.

Se o Vasco teve de jogar com portões fechados, os torcedores fizeram seu papel. Concentraram-se no portão 9 de São Januário, por onde chega o ônibus com os jogadores. Fizeram festa quando o veículo apareceu: cantaram enquanto o seguiam em procissão até a entrada do estádio. Pediam raça, mas o tom era amistoso. No fim da primeira parte da festa, cantaram o hino do clube.

Dentro de São Januário, silêncio sepulcral antes do jogo. Apenas dirigentes, funcionários e membros das comissões técnicas dividiram o estádio com os atores do espetáculo e a imprensa. Quando a bola rolou, o contexto permitia ouvir boa parte das conversas em campo. Pelo Vasco, Martín Silva foi dos mais falantes, sempre chamando a atenção de seus companheiros.

Mas este não era o único som. Mal começou o jogo, e os torcedores se concentraram nos bares nos arredores de São Januário. Na entrada principal do clube, alguns ainda se espremeram no portão, tentando ver uma nesga de gramado que fosse. No fim, contentaram-se com a televisão. E passaram a cantar de forma que quem estava dentro do estádio ouvia perfeitamente.

- Ouvimos tudo. Os atletas perceberam. Essa sinergia é fundamental. No momento em que a gente tiver a presença do nosso torcedor, ele também será de fundamental importância para empurrar o Vasco para cima - disse o técnico Zé Ricardo.

Comemoração com atraso

O contexto da partida rendeu momentos curiosos. Como assistiam ao jogo pela televisão, os torcedores reagiam com certo atraso aos lances.

O gol de Mateus Vital, aos 42 minutos do primeiro tempo, por exemplo, só foi comemorado alguns segundos depois, quando os jogadores se preparavam para o reinício. Na etapa final, foi a vez de Paulinho ter seu nome gritado ao entrar no lugar de Wagner quando já estava em campo.

No fim, o apoio funcionou. O Vasco venceu por 1 a 0 e se aproximou da zona de classificação para a Libertadores. Aos torcedores, resta a espera: o clube ainda precisa cumprir mais uma partida com portões fechados, contra a Chapecoense, no dia 30 de setembro. O reencontro acontece no clássico com o Botafogo, em 14 de outubro.



Fonte: GloboEsporte.com