Tite admite que poderá convocar Douglas Luiz, ex-Vasco e hoje no Girona-ESP
Terça-feira, 29/08/2017 - 05:41
33 pontos, líder isolado das Eliminatórias e com os dois pés na Copa do Mundo da Rússia. É o efeito Tite na seleção brasileira. Desde que o treinador assumiu o comando da equipe, em junho de 2016, os resultados positivos surgiram e a confiança do torcedor foi retomada. Mas, apesar de hoje ser praticamente unanimidade, o treinador já foi preterido do comando do time.
Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, Tite admitiu que esperava uma oportunidade à frente da Seleção após a Copa do Mundo de 2014. Chance que não foi veio e foi dada a Dunga. Pela expectativa que foi criada, o atual treinador da equipe verde e amarela confessou que o episódio causou mal-estar.
"Eu me decepcionei e me frustrei sim. Eu estava no sofá com a minha esposa perto e numa expectativa, não por ser melhor que ninguém, mas por estar em um momento profissional que me credenciava a estar na Seleção. Eu busquei através dos meus trabalhos e disse 'vai ser'. Fiquei bastante frustrado. Eu saia na rua e o pessoal dizia: 'chegou a sua vez'. Me pilharam e eu acreditei", disse.
O episódio, porém, é página virada para Tite. Hoje o treinador está consolidado no comando da equipe e já tem uma base do time que defenderá o Brasil no próximo Mundial. Embora garanta que ainda esteja observando alguns nomes e a lista não esteja fechada, o treinador admitiu que, pelo menos no gol, um nome já tem convocação encaminhada para a Copa do Mundo: Alisson. Para as outras vagas, muitos atletas são citados pelo comandante.
"Se você perguntar se o Alisson tem encaminhamento, eu digo que tem. Por toda a campanha que ele fez nesses oito jogos importantes. Se a gente lembrar assim, uma falha do Alisson nos oito jogos das Eliminatórias, você não vai encontrar. O que ele precisava, e isso eu conversei com ele, era que ele tivesse no seu clube um melhor aproveitamento", falou.
Assim como no gol, no meio-campo a disputa também é grande. Como se já não bastassem os jogadores que vêm sendo convocados frequentemente, Tite começou a ganhar novas opções nos últimos meses com jovens promessas que começaram se destacar no futebol brasileiro. Atletas como Douglas, ex-Vasco e negociado com o Manchester City-ING, Wendel, do Fluminense e na mira do PSG-FRA, Arthur, do Grêmio, e Matheus Fernandes, do Botafogo, estão sendo vistos pelo treinador. Questionado sobre esses novos nomes, o treinador foi só elogios.
"São jogadores de uma geração de novos talentos, de jovens talentos, com uma característica marcante. Não gosto nem de usar a nomenclatura volante, mas são meio-campistas. Com bola eles têm a capacidade técnica da articulação, da qualidade no passe, associado a isso a boa marcação. Se a gente pegar a ideia, não do tempo, mas sim das características, quem viu Clodoaldo jogar sabe o que eu estou falando. Você pode ser um volante ou meio-campista que tem a marcação, e esses jogadores têm, alguns mais avançados e outros mais presos, mas com essa característica de qualidade", completou.
Em meio a nomes, certezas e incertezas, o Brasil ainda fará quatro jogos nas Eliminatórias. O primeiro compromisso é já nesta quinta-feira (31), na Arena do Grêmio, às 21h45 (de Brasília), contra o Equador, que está na sexta colocação e ainda busca uma vaga, pelo menos, na repescagem. No dia 05 de setembro, o desafio é diante da Colômbia, no Metropolitano Barranquilla. Pela competição, Tite terá apenas mais dois jogos: Bolívia e Chile, em outubro.
Fonte: Esporte Interativo