O grupo Frente Vasco Livre conseguiu nesta quinta-feira, junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio, suspender a reunião do Conselho Deliberativo do clube, marcada para esta noite. A decisão judicial suspendeu também os efeitos das reuniões ocorridas nos dias 29 de dezembro do ano passado e 4 de julho deste ano, quando a concessão, por parte da diretoria, de 17 títulos de sócios eméritos e beneméritos foi alvo de reclamação das correntes de oposição.

O candidato à presidência Alexandre Campello foi um dos requerentes da ação, que protestou contra a falta de transparência nos critérios usados pela diretoria para a entrega dos títulos. Na decisão da juíza Flávia Justus, da 29ª Vara Cível, o clube foi acusado de ter cometido "uma tentativa grave de violação das regras para a eleição da nova administração, já que o parecer é peça fundamental para a escolha daqueles que receberam os títulos honoríficos, pois informa quanto tempo, quem é e o que aquele membro já fez pelo clube".

À diretoria do Vasco, ainda cabe recorrer da sentença e tentar realizar a reunião desta quinta-feira e manter os efeitos dos encontros anteriores. Caso a suspensão siga em vigor, poderá ter efeitos práticos na eleição presidencial prevista para novembro.

Isso porque, depois da eleição entre os sócios, o pleito no Conselho Deliberativo é uma espécie de segundo turno na definição da presidência do Vasco. A chapa vencedora da eleição entre os sócios entra com 120 membros e a segunda colocada, 30. Esses 150 se juntam a até outros 150 conselheiros natos, beneméritos e grandes beneméritos do Vasco.

Até o mês passado, haviam 20 vagas abertas dentro desses 150 conselheiros natos. A diretoria nomeou 17 novos beneméritos, que ocuparão esses lugares, e depois tentou emplacar mais 26, o que completaria as três vagas restantes e ainda criaria uma gordura de 23 nomes para o caso de morte de algum conselheiro atual.

Fonte: Extra Online