Ao dizer sim ao Vasco, Zé Ricardo não assume apenas um time que patina sobre a zona de rebaixamento do Brasileiro. O extécnico do Flamengo entra pela porta de um clube que está a um passo de ferver politicamente com as eleições de novembro. A coluna ouviu os quatro candidatos já em campanha: Otto de Carvalho, Alexandre Campello, Fernando Horta e Júlio Brant. Qual será o futuro de Zé Ricardo?
OTTO DE CARVALHO — "Quando veio o Milton Mendes, poderia ter sido o Vanderlei Luxemburgo. Não deu. Acho que o técnico do Vasco tem que ter mais bagagem . Mas, no momento, pela falta de opção e recursos, é o que tem . A permanência depende exclusivamente do trabalho realizado por ele. O Milton Mendes é um Professor Pardal, e os jogadores não o aguentavam mais."
ALEXANDRE CAMPELLO - "A tendência é (se eu vencer) manter o Zé Ricardo. Obviamente, vai depender do desempenho dele no decorrer desse Campeonato. Mas entendo que é um treinador com raízes no Vasco. Eu o conheço relativamente bem, sei que é estudioso, moderno, atualizado, com tudo para deslanchar na carreira de treinador."
FERNANDO HORTA — "O planejamento de futebol do Eurico foi todo errado. Quando o Eurico anunciou em São Januário que ia contratar o Cristóvão, eu fui até ele e disse que era contra, mas não fui ouvido e tive muitas divergências com Eurico sobre isso. Torço para que o Zé Ricardo dê certo. É isso que nós vascaínos queremos. Sou Vasco acima de tudo. Mas se eu fosse o presidente, não seria a minha escolha nesse momento."
JÚLIO BRANT — "Estamos olhando o Vasco como um todo. Nossa preocupação é com o clube. Futebol é feito de resultados. Se o Zé Ricardo produzir os resultados esperados, certamente avaliaremos sua permanência. Não faremos gestão política. Não é porque ele foi contratado pelo atual presidente que o demitiremos. O resultado é mais importante. E o resultado só pode ser avaliado mais à frente."
Fonte: Coluna Extracampo - Extra (texto), Reprodução Internet (foto)