Morre Baloubet du Rouet, cavalo montado por Rodrigo Pessoa quando era atleta do Vasco
Segunda-feira, 21/08/2017 - 06:37
Morreu em agosto deste ano um dos cavalos mais icônicos da história do hipismo brasileiro: Baloubet du Rouet. Montaria do cavaleiro Rodrigo Pessoa por quase uma década, Baloubet também representou o Vasco com o atleta brasileiro em 2000. Na época, o hipismo do Brasil ficou com a medalha de bronze por equipes nos Jogos Olímpicos de Sydney.
Nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, mas sem a parceria com o Vasco, Rodrigo Pessoa, montando Baloubet, ficou com a medalha de ouro.
Fonte: NETVASCO (texto), Reprodução Internet (fotos)
Relembre a passagem de Rodrigo Pessoa pelo Vasco
Nascido na França, em 1972, Rodrigo jamais havia torcido por um clube brasileiro. Até chegar ao Gigante da Colina... Recém chegado ao Vasco, entregou-se de corpo e alma à força e carisma do alvinegro da Cruz de Malta. Maior esperança de medalha do Brasil nos torneios hípicos individual e por equipes dos Jogos de Sydney, Rodrigo traz o esporte no sangue: ele é filho do grande cavaleiro Nelson Pessoa, um dos mais importantes nomes da modalidade no país, em todos os tempos.
No dia de sua apresentação oficial à torcida do Vasco, na Hípica, Rodrigo Pessoa deu voltas ao redor da pista, levando nas mãos uma bandeira do clube. Acompanhado das jovens amazonas Joana Valente, 15 anos, Juliana d'Figueiredo, 13, e Stephanie Macieira, 12, também contratadas pelo Vasco, o cavaleiro contou ter acertado com o clube sobretudo em função do projeto olímpico que o Vasco desenvolve.
Outro ponto que o atraiu foi o ineditismo da adoção do hipismo, tido como esporte de elite no país, por um clube de massa. "O Vasco é um clube de grande prestígio. Está investindo forte em vários esportes e espero que isso seja um exemplo para todos os outros clubes. No hipismo, é algo absolutamente inédito, e o Vasco vai ser sempre lembrado por ter sido o pioneiro", garantiu Rodrigo. Ele foi taxativo ao desmentir as informações de que não seria torcedor do clube: "Por ter sido criado na Europa, nunca torci por um clube do Brasil. Agora, sou 100% Vasco. Vou acompanhar o clube não só no futebol, mas em todos os outros esportes."
Naquele mesmo fim de semana em que foi apresentado como atleta do Vasco, Rodrigo fez valer essa promessa. Além de consultar a página oficial do clube na Internet, ele aproveitou os dois dias em que estaria no Rio para assistir à vitória do Vasco sobre o Corinthians (RS), no Brasileiro de basquete, além de sofrer com a derrota para o Palmeiras na primeira partida da decisão do Rio-São Paulo.
Residente em Bruxelas, na Bélgica, desde 1982, onde ele e o pai mantêm centros de treinamento, Rodrigo contou que a maioria das grandes forças do futebol europeu se dedica apenas a este esporte, diferentemente do Vasco, que reúne atletas de 40 diferentes modalidades. Pelo contrato firmado com o Vasco, Rodrigo - cujo principal patrocinador é a Audi - passou a usar nas competições em que tomar parte o escudo do Vasco no boné, na manta do cavalo, na camisa tipo pólo, usada em entrevistas, e nos caminhões utilizados para o transporte dos cavalos.
Em 2000, os dois maiores objetivos de Rodrigo eram buscar o tricampeonato da Copa do Mundo, em Las Vegas, Estados Unidos, e, principalmente, a medalha olímpica em Sydney, em setembro. "Espero trazer estes títulos para o Vasco", disse na apresentação. E Rodrigo conseguiu logo de cara, o primeiro objetivo. Em abril, conquistou a Copa do Mundo montando o maravilhoso Baloubet du Rouet, avaliado em 6 milhões de dólares.
O momento mais marcante foi quando o então melhor cavaleiro do mundo entrou com seu cavalo no gramado do Estádio de São Januário durante a festa de aniversário dos 102 anos do clube. O cavaleiro recebeu a bandeira vascaína e liderou o desfile das dezenas de atletas que representariam o Vasco e o Brasil em Sydney algumas semanas depois.
Nas Olimpíadas, a equipe brasileira de hipismo repetiu o resultado de Atlanta e ficou com o bronze por Equipes (Copa das Nações). O resultado foi conseguido no sufoco – através de um desempate contra a equipe da França – e com uma grande atuação de Rodrigo em três percursos perfeitos. No concurso de saltos individuais, Rodrigo Pessoa liderava a competição e havia zerado o primeiro percurso. Na última passagem, Pessoa cometeu uma falta no primeiro obstáculo, mas ainda tinha a chance de disputar o ouro no desempate com outros 3 conjuntos. Mas seu cavalo Baloubet du Rouet parou diante de um dos obstáculos e se recusou a saltar. Pessoa foi eliminado na terceira tentativa e terceiro refugo, perdendo a última chance do Brasil de conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Sydney. Apesar da grande decepção, Rodrigo superou e voltou a vencer diversos concursos com Gandini Lianos, como o GP de Spruce Meadows, no Canadá, conhecido como o torneio mais rico do mundo (em premiação) e que dá cerca de 250 mil dólares ao campeão.
No ano de 2000 foram ao todo 23 vitórias, 10 segundos lugares, 1 Copa do Mundo, 1 Medalha Olímpica e mais de 700 mil dólares em prêmios. Para fechar o ano, Rodrigo levou o Vasco ao topo do esporte, terminando o ano como número 1 do mundo no Ranking Mundial FEI/BCM.
O ano de 2001 também foi um ano incrível. Foi o quarto ano consecutivo disputando a Copa do Mundo, e apesar do bom desempenho montando Baloubet, infelizmente Rodrigo não conseguiu levar o título. Acabou ficando com o vice-campeonato, que foi muito comemorado. Não ganhou a Copa, mas foi campeão do GP de Milão com o mesmo Baloubet.
Ficha técnica de Rodrigo Pessoa no Vasco
Estilo: Saltos (Individual e Equipe)
Período: 2000-2001
Principais Títulos:
- Olimpíadas de Sydney – Bronze por equipe – 2000
- Copa do Mundo – 2000
- GP Cidade Jerez De La Frontera-ESP – 2000
- GP de Hachenburg-ALE – 2000
- GP de Spruce Meadows-CAN – 2000
- GP Christofle-FRA – 2000
- GP Land Rover-SUI – 2000
- GP CCF-SUI – 2000
- GP Milão-ITA – 2001
- Internationales Audi Championatale – 2000
- Money Maxx Masters-ALE – 2000
- Rabobank Prix-HOL – 2000
Fonte: Sempre Vasco
Nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, mas sem a parceria com o Vasco, Rodrigo Pessoa, montando Baloubet, ficou com a medalha de ouro.
 Rodrigo Pessoa competindo com Baloubet nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004 |
 Rodrigo Pessoa e outro cavalo |
Fonte: NETVASCO (texto), Reprodução Internet (fotos)
Relembre a passagem de Rodrigo Pessoa pelo Vasco
Nascido na França, em 1972, Rodrigo jamais havia torcido por um clube brasileiro. Até chegar ao Gigante da Colina... Recém chegado ao Vasco, entregou-se de corpo e alma à força e carisma do alvinegro da Cruz de Malta. Maior esperança de medalha do Brasil nos torneios hípicos individual e por equipes dos Jogos de Sydney, Rodrigo traz o esporte no sangue: ele é filho do grande cavaleiro Nelson Pessoa, um dos mais importantes nomes da modalidade no país, em todos os tempos.
No dia de sua apresentação oficial à torcida do Vasco, na Hípica, Rodrigo Pessoa deu voltas ao redor da pista, levando nas mãos uma bandeira do clube. Acompanhado das jovens amazonas Joana Valente, 15 anos, Juliana d'Figueiredo, 13, e Stephanie Macieira, 12, também contratadas pelo Vasco, o cavaleiro contou ter acertado com o clube sobretudo em função do projeto olímpico que o Vasco desenvolve.
Outro ponto que o atraiu foi o ineditismo da adoção do hipismo, tido como esporte de elite no país, por um clube de massa. "O Vasco é um clube de grande prestígio. Está investindo forte em vários esportes e espero que isso seja um exemplo para todos os outros clubes. No hipismo, é algo absolutamente inédito, e o Vasco vai ser sempre lembrado por ter sido o pioneiro", garantiu Rodrigo. Ele foi taxativo ao desmentir as informações de que não seria torcedor do clube: "Por ter sido criado na Europa, nunca torci por um clube do Brasil. Agora, sou 100% Vasco. Vou acompanhar o clube não só no futebol, mas em todos os outros esportes."
Naquele mesmo fim de semana em que foi apresentado como atleta do Vasco, Rodrigo fez valer essa promessa. Além de consultar a página oficial do clube na Internet, ele aproveitou os dois dias em que estaria no Rio para assistir à vitória do Vasco sobre o Corinthians (RS), no Brasileiro de basquete, além de sofrer com a derrota para o Palmeiras na primeira partida da decisão do Rio-São Paulo.
Residente em Bruxelas, na Bélgica, desde 1982, onde ele e o pai mantêm centros de treinamento, Rodrigo contou que a maioria das grandes forças do futebol europeu se dedica apenas a este esporte, diferentemente do Vasco, que reúne atletas de 40 diferentes modalidades. Pelo contrato firmado com o Vasco, Rodrigo - cujo principal patrocinador é a Audi - passou a usar nas competições em que tomar parte o escudo do Vasco no boné, na manta do cavalo, na camisa tipo pólo, usada em entrevistas, e nos caminhões utilizados para o transporte dos cavalos.
Em 2000, os dois maiores objetivos de Rodrigo eram buscar o tricampeonato da Copa do Mundo, em Las Vegas, Estados Unidos, e, principalmente, a medalha olímpica em Sydney, em setembro. "Espero trazer estes títulos para o Vasco", disse na apresentação. E Rodrigo conseguiu logo de cara, o primeiro objetivo. Em abril, conquistou a Copa do Mundo montando o maravilhoso Baloubet du Rouet, avaliado em 6 milhões de dólares.
O momento mais marcante foi quando o então melhor cavaleiro do mundo entrou com seu cavalo no gramado do Estádio de São Januário durante a festa de aniversário dos 102 anos do clube. O cavaleiro recebeu a bandeira vascaína e liderou o desfile das dezenas de atletas que representariam o Vasco e o Brasil em Sydney algumas semanas depois.
Nas Olimpíadas, a equipe brasileira de hipismo repetiu o resultado de Atlanta e ficou com o bronze por Equipes (Copa das Nações). O resultado foi conseguido no sufoco – através de um desempate contra a equipe da França – e com uma grande atuação de Rodrigo em três percursos perfeitos. No concurso de saltos individuais, Rodrigo Pessoa liderava a competição e havia zerado o primeiro percurso. Na última passagem, Pessoa cometeu uma falta no primeiro obstáculo, mas ainda tinha a chance de disputar o ouro no desempate com outros 3 conjuntos. Mas seu cavalo Baloubet du Rouet parou diante de um dos obstáculos e se recusou a saltar. Pessoa foi eliminado na terceira tentativa e terceiro refugo, perdendo a última chance do Brasil de conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Sydney. Apesar da grande decepção, Rodrigo superou e voltou a vencer diversos concursos com Gandini Lianos, como o GP de Spruce Meadows, no Canadá, conhecido como o torneio mais rico do mundo (em premiação) e que dá cerca de 250 mil dólares ao campeão.
No ano de 2000 foram ao todo 23 vitórias, 10 segundos lugares, 1 Copa do Mundo, 1 Medalha Olímpica e mais de 700 mil dólares em prêmios. Para fechar o ano, Rodrigo levou o Vasco ao topo do esporte, terminando o ano como número 1 do mundo no Ranking Mundial FEI/BCM.
O ano de 2001 também foi um ano incrível. Foi o quarto ano consecutivo disputando a Copa do Mundo, e apesar do bom desempenho montando Baloubet, infelizmente Rodrigo não conseguiu levar o título. Acabou ficando com o vice-campeonato, que foi muito comemorado. Não ganhou a Copa, mas foi campeão do GP de Milão com o mesmo Baloubet.
Ficha técnica de Rodrigo Pessoa no Vasco
Estilo: Saltos (Individual e Equipe)
Período: 2000-2001
Principais Títulos:
- Olimpíadas de Sydney – Bronze por equipe – 2000
- Copa do Mundo – 2000
- GP Cidade Jerez De La Frontera-ESP – 2000
- GP de Hachenburg-ALE – 2000
- GP de Spruce Meadows-CAN – 2000
- GP Christofle-FRA – 2000
- GP Land Rover-SUI – 2000
- GP CCF-SUI – 2000
- GP Milão-ITA – 2001
- Internationales Audi Championatale – 2000
- Money Maxx Masters-ALE – 2000
- Rabobank Prix-HOL – 2000
Fonte: Sempre Vasco
