Juvenil: Vítima de acidente com ônibus do Vasco, Bruno Chiaromonte volta a jogar neste sábado
Depois de descer a serra em um ônibus sem freio, Bruno Chiaromonte levou três meses para fazer o caminho de volta. E chega neste sábado, finalmente, ao ponto de origem: o reencontro com a bola. Uma das vítimas do acidente com o time sub-17 do Vasco, no dia 13 de maio, em Cachoeiras de Macacu, o volante venceu as fraturas expostas na mão esquerda e está escalado para o confronto com o Botafogo, às 11h, no Cefat, em Várzea das Moças, Niterói, pela quarta rodada do Carioca Sub-17.
Após duas cirurgias para a recuperação dos tendões, Bruno, de 17 anos, é a última das 22 vítimas do acidente com o ônibus do Vasco a voltar a campo. A alegria pelo regresso não o livra da lembrança congelada para sempre no retrovisor da sua vida.
- Foi desesperador. Durou segundos... Uma divisória de vidro isolava, lá na frente, o motorista com a comissão técnica. Nós, jogadores, percebemos que o ônibus ganhava velocidade fora do normal. No momento do acidente, eles tentaram abrir a divisória para avisar que faltava freio, mas foi tudo muito rápido. Não deu tempo. O ônibus tombou - lembra Bruno Chiaromonte.
Quando rolou pelo asfalto, o volante tinha pouco mais de um mês de Vasco. Bruno chegou ao clube após bom desempenho pelo Sub-20 do Boavista. Em São Januário, ganhou um contrato profissional, estava feliz e nos piores pensamentos não conseguiria incluir dois dias de internação em um hospital. Otimista, não deixou a esperança morrer no KM 50 da RJ 116.
- As fraturas foram na mão esquerda, mas tive uma lesão também na direita. No asfalto, tentei proteger a cabeça e arrastei as mãos no asfalto. Foi um milagre de Deus. Em nenhum momento achei que não voltaria a jogar. Quando vi que havia machucado somente as mãos, tive certeza da minha volta, ainda que demorasse um pouco. Estou muito animado, principalmente por saber que o treinador (Hamilton Babu) confia em mim e me escalou como titular no jogo do meu retorno - diz Bruno Chiaromonte, pronto para acelerar no caminho de volta.
É hora de subir.
Fonte: Blog Extracampo - Extra Online