O Vasco é réu em 390 processos na Justiça do Trabalho e tem dívida trabalhista estimada em R$ 191 milhões. Os dados são do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, referentes ao fim de 2016, e o valor do débito foi calculado de acordo com o último balanço financeiro do clube, também relacionado ao ano passado. Os números são parte de um levantamento do GloboEsporte.com, com todos os clubes da Série A, mais o Internacional (clique aqui e confira todos os dados).
O Cruz-Maltino é o segundo colocado na lista das equipes com maior número de processos, atrás apenas do Botafogo. No ranking da dívida, a equipe é a sexta. Diretor jurídico do clube, Paulo Reis culpa gestões passadas, mas diz que o acordo com o TRT-RJ permite dizer que a situação está controlada.
– A maioria é de gestões passadas. Estamos equacionando tudo. Até as ações de maio de 2016, está tudo controlado. Hoje estamos depositando em torno de R$ 1,4 milhão (Ato Trabalhista). As ações que surgiram a partir de maio de 2016, o Vasco faz acordo, parcela e está pagando. Não tem penhora. Acredito que em cinco anos, em 2022, esteja tudo zerado.
O débito trabalhista é composto por dois itens. A menor parte se refere a ações na Justiça do Trabalho resultantes de sentenças já julgadas e que envolvem qualquer tipo de processo na área, como falta de pagamento de salários e de direitos de imagem. No caso do Vasco, essa fatia corresponde a R$ 75 milhões, de acordo com análise do balanço financeiro.
– Pode ser que chegue em torno disso. Não saberia dizer o valor exato. Acredito que o valor já esteja em torno de R$ 60 milhões. O que está previsto para o Vasco parcelar R$ 90 milhões. Pode ser que chegue a isso, mas estamos trabalhando para diminuir – analisa Paulo Reis.
A maior parte da dívida trabalhista corresponde a impostos não recolhidos (INSS, IRRF e FGTS), que são encargos de responsabilidade das empresas, mas que na contabilidade dos clubes é registrada como dívida fiscal. Esse montante, referente aos impostos não pagos, representa 62% da dívida trabalhista do Vasco e está refinanciado em leis como o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), em vigor desde agosto de 2015.
Fonte: GloboEsporte.com