Contra-ataques renderam 553 finalizações, 82 gols e 257 cartões para quem os interrompeu com faltas no primeiro turno. Foram marcados 464 gols nos 190 jogos, e os contra-ataques representam 18% desse total. Os números foram levantados pelo Espião Estatístico jogo a jogo. São Paulo, Atlético-MG e Flamengo estão entre as seis equipes que mais finalizações e gols sofreram em lances assim, um dos fatores a influenciar o baixo rendimento defensivo e até a necessidade recente de trocar de treinador. A situação do Flamengo poderia ser ainda pior, já que é a terceira equipe mais punida com cartões (18) por matar contra-ataques.
Como referência, vale destacar que com nove gols sofridos dessa forma, a Chapecoense é a equipe que mais gols levou assim, o que é compreensível se levado em consideração que todo o elenco teve de ser montado há poucos meses devido ao acidente aéreo do ano passado, o que compromete qualquer expectativa de entrosamento, absolutamente necessário para combater os ataques adversários. Vale dizer que a defesa do líder Corinthians não levou qualquer gol em contra-ataque. Não é por coincidência que a equipe catarinense também foi a mais faltosa da competição (357), e a paulista, a que menos faltas cometeu (211). Com pouquíssimo entrosamento e absolutamente tudo a treinar de janeiro para cá, a Chapecoense aposta no volume de jogo: é a que mais finalizações fez na competição até aqui (282), mas o ímpeto deixa a defesa exposta, e o time recém-montado tem apenas três pontos a mais do que o São Paulo, que encabeça a zona do rebaixamento.
Depois da Chapecoense, é exatamente o São Paulo um dos times que mais gols sofreu em contra-ataques. Oito dos 26 gols que levou (31%) foram conquistados assim pelos adversários. A participação dos contragolpes entre o total de gols sofridos é alta: só duas equipes tiveram maior influência dos contra-ataques nos gols sofridos, e uma delas é o Flamengo. A equipe carioca levou seis dos 32 gols que sofreu ao ser surpreendida pelos adversários (32%). O Atlético-PR, que levou oito gols em contra-ataques, é proporcionalmente a mais vazada nesses lances: 36% dos 22 gols que levou foram originados em um contragolpe.
O Atlético-MG, 15º colocado no Brasileirão e com apenas quatro pontos a mais do que a zona do rebaixamento, é a quarta equipe que mais gols sofreu dessa forma. Sete dos 32 gols que levou nasceram em contragolpes (30%).
Ao ataque
Se o Bahia está em campo, o que não falta é emoção em relação aos contra-ataques. Empatada com o Atlético-PR, a equipe baiana é a que mais sofreu finalizações (44) em jogadas assim, mas a defesa está tão alerta para essa possibilidade, que só quatro gols foram marcados nesses lances (9%). A equipe gosta dessa adrenalina, já que das 20 equipes da Série A, o Bahia é a que mais gols marcou em contra-ataques (10). Nada menos do que 42% dos gols da equipe baiana nasceram dessa forma, sendo que quatro desses gols foram marcados em uma única partida, na goleada por 6 a 2 sobre o Atlético-PR, logo na primeira rodada.
Quem mais se aproxima do Bahia em relação à quantidade de gols marcados são os ataques de Palmeiras, (8) e Santos (7). Todos os três conseguem isso graças à persistência com que realizam essas jogadas, pois são as três que mais finalizações fazem a partir dessas jogadas, mas são bem menos depentes dessa estratégia que o Bahia. Dos 28 gols marcados pelo Palmeiras, 29% foram a partir de contragolpes, enquanto no Santos a marca é de 32% (sete em 22 gols feitos).
O Fluminense é o quarto time que mais finalizações conseguiu nessas jogadas e certamente só não lidera esse ranking porque em 27 vezes adversários foram punidos com cartões por interromperem com falta seus contragolpes. Essa é por larga margem a maior marca da Série A. O Coritiba, o segundo time que mais puxou cartões para seus adversários com seus contra-ataques, viu 18 oponentes serem punidos.
Fonte: Site oficial do Vasco