Confira a íntegra da entrevista coletiva de Milton Mendes após Vasco 0 x 1 Atlético-PR
Segunda-feira, 31/07/2017 - 23:50
Apesar da derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR, nesta segunda-feira, em Volta Redonda, o técnico Milton Mendes fez elogios ao time do Vasco. Para ele, a postura defensiva do Furacão complicou a proposta de jogo da equipe equipe, que ainda perdeu muitas chances de gol nas vezes em que chegou na área adversária.

Milton lamentou especialmente o último lance da partida, em que Henrique acertou a trave e, no rebote, Paulo Vitor mandou no travessão.

- A equipe do Atlético ficou bastante atrás da linha da bola e nos dificultou. Mesmo assim lutamos bastante, construímos jogadas, cruzamentos, chutes de fora da área... Fizemos inúmeros chances de gol, mas não concretizamos. Aos 47, uma bola na trave e uma no travessão. Assumo a responsabilidade. Eles tentaram. Fica cada vez mais a pitada de irreverência com os mais novos. Continuamos na luta - afirmou - o técnico.

Em oitavo lugar com 23 pontos, o Vasco volta a campo na próxima quinta-feira, novamente em Volta Redonda, desta vez para enfrentar o Cruzeiro. A equipe permanece até o dia da partida em no CT em Pinheiral-RJ.

Confira a íntegra da entrevista de Milton Mendes:

Jovens

- Eles são garotos ainda. O Paulinho é um menino com seus 17 anitos. Estão tentando. Depois de uma semana tão intensa para ele, apesar de tentarmos protegê-lo ao máximo. Foi falado em todos os programas. É natural que tenha alguma ansiedade dele querer mostrar. Ele fez seu trabalho, tentou, dificultou muito porque são equipes diferentes. O Atlético propôs e nos deu espaço, e o Atlético jogou no nosso erro. Eles estavam à espera de uma bola e conseguiram. Os jogadores tentaram, lutaram muito e a responsabilidade é toda minha. Eles fizeram tudo. INfelizmente, batemos numa equipe que defendeu muito bem.

Faltou calma?

- São todos muito meninos. Jean, Bruno, Gilberto, Henrique, Jomar. Mostra que a nossa equipe está... Não é porque ganhamos que somos os melhores, nem quando perdemos somos os piores. Sabemos do equilíbrio, a nossa batalha, a dificuldade que é o Campeonato Brasileiro. Nossos jovens estão de parabéns porque lutaram. Não se pode ter as duas vezes. O cara que tem voluntariedade, qualidade e é novo e ter calma, aí é acima da média. A gente opta por uma coisa. Às vezes a mescla faz com que a gente consiga um equilíbrio. Então, estamos devagarinho. Optei por manter a mesma base que acabou o jogo do Atlético para a equipe ter a maturidade, desenvoltura, até porque eu sabia que esse jogo ia ser assim. Jogo diferente contra o Cruzeiro, que provavelmente vai propor o jogo. Agora é passar tranquilidade aos jogadores. Estou tranquilo em relação a eles, porque o futuro vai ser muito bom para esses meninos, porque têm muita capacidade. Não há que reclamar de entrega. Não estou feliz peo resultado ,mas o resto sim.

Volantes

- Perdemos algumas bolas na transição, a equipe saindo. Mas não é aqui que vou falar sobre isso. Meus jogadores fizeram e tentaram. As correções serão feitas durante a semana. Sempre vou falar do jogo, do que eu vi em relação a algumas coisas, mas nunca vou expor ninguém. Conversa eu tenho lá dentro do vestiário com eles, arrumando algumas nuances do jogo.

Encontro com a família após o jogo

- A resposta não sai tão facilmente. É o momento mais difícil do treinador, estar longe da família. Tenho a felicidade de poder ter meus filhos e minha esposa. Minhas crianças estão de férias. Não se pode ter tudo na vida, mas o pouquinho que tenho, sou muito feliz de tê-los comigo. Felicidade de poder trabalhar num grande clube. As coisas são muito difíceis. As pessoas imaginam a gente sempre durão. Imagina, 30 jovens com os nervos à flor da pele. Se a gente não tiver boa liderança, lidar como se fosse casa com 30 filhos. Sou bastante família, gosto muito de brincar, mas quando entra jogo, trabalho, responsabilidade, eu sou o extremo. É muito legal ter a família e juntá-la com o trabalho. Uma felicidade poder depois de um momento de tristeza poder ter o alento da família.

Volta Redonda

- Não vou reclamar disso. Nunca vão me ver arranjando subterfúgios em relação a situações menos boas. Perdemos o jogo. Nunca vão me ver falar sobre campo, dificuldade, jogar segunda-feira. São circunstâncias. Ambiente foi bom. Torcida veio. Não é por aí. Nossa equipe incentivou muito, nossa equipe respondeu em campo com luta e entrega. Muitas vezes bem posicionada taticamente, outras menos, porque veio a vontade para o jogo. Infelizmente, a vitória não apareceu.

Henrique

- Não é justo criticar o Henrique. Ele fez muitas coisas boas, fez excelente posicionamento, cruzamento. Desarmou, marcou bem. Uma pequena ifenlicidade as pessoas não podem crucificar o menino.É um excelente jogador, contamos com ele, ele tem todo o meu apoio. O torcedor é passional, vê única e exclusivamente o micro. Eu olho o macro. Infelizmente ocorreu uma circunstância, ele foi infeliz. Mas ali foi o culminar da jogada. Teve outras coisas que vieram da frente, passaram pelo meio, pela lateral, houve cruzamento. São tantas coisas que é injusto colocar na conta de um jogador. A responsabilidade é minha.

Paulo Vitor

- Fez um excelente jogo, lutou muito. Muito mais aguerrido do que propriamente tecnicamente. Mas foi bem. Thalles entrou bem, Guilherme estava, mas equipe posicionada atrás tira a característica do Guilherme, que é velocidade. Paulinho teve momentos de transição muito bem. Não queria colocar as coisas individualmente. Acho que o coletivo é o responsável por tudo.

Fonte: GloboEsporte.com