Choque ideológico entre correntes pode inviabilizar candidatura única de oposição, diz jornalista
Sexta-feira, 14/07/2017 - 06:16
A desejada união da oposição vascaína em prol de uma só corrente capaz de derrotar o presidente Eurico Miranda na eleição prevista para novembro dificilmente sairá do papel.
Simplesmente por conta do choque ideológico que separa os antigos cardeais, aqueles com forte articulação política entre os beneméritos, dos candidatos que hoje representam a oposição, em especial o cirurgião ortopédico Alexandre Campello.
COMO É SABIDO, nas eleições presidenciais do Vasco os sócios votam no candidato que encabeça a chapa mais indicada.
A vencedora elege 120 novos conselheiros e a que ficar em segundo lugar, outros 30.
Os 150 se juntam a 150 beneméritos e estes 300, em reunião de conselho, nomeiam o presidente.
E se Eurico Miranda ficar em segundo lugar pode até mesmo ser o preferido dos beneméritos _ boa parte indicada por ele próprio.
E AÍ ESTÁ O ENTRAVE... os cardeais, tendo à frente nomes como Olavo Monteiro de Carvalho, Faues Mussa, José Carlos Osório, que apoiaram a eleição de Roberto Dinamite, e José Luís Moreira e Francisco Horta, que compunham a chapa de Eurico no último pleito, querem a união das correntes em nome de uma candidatura indicada por eles _ os cardeais.
No máximo, extraída de uma pesquisa entre os sócios.
DOS TRÊS NOMES já lançados à presidência (Otto Carvalho, ex-presidente do Conselho Fiscal da atual gestão, Júlio Brant, candidato derrotado em 2014, e Alexandre Campello), o ex-médico do clube é o que parece menos animado com a ideia.
Indicado por conselheiros da Chapa Identidade Vasco, Campello garimpou o apoio de outras correntes políticas, criou a Frente Vasco Livre e formou doze grupos de trabalhos.
FORMADOS POR executivos e técnicos (em especial de finanças, administração, marketing, jurídico e governança ) de grandes corporações, os grupos mapeiam as necessidades do clube e estudam a viabilidade da recuperação, sempre levando em conta os modelos mais bem-sucedidos no Brasil e na Europa.
Por isso Campello acredita liderar um movimento que está em estágio muito adiantado para abrir mão da candidatura.
OS GRUPO têm se reunido na esperança de que os encontros se tornem mais frequentes e a união, uma realidade.
Mas não está fácil...
Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal - Extra