Funcionários da Polícia Federal estiveram nesta quarta-feira em São Januário. Eles entregaram ao presidente do Vasco, Eurico Miranda, um Auto de Encerramento de Atividade de Segurança Privada Não Autorizada, ou seja, um documento que notifica o clube de que ele está proibido de usar o atual grupo de seguranças privados, que não têm a autorização da PF. A medida vale, principalmente, para grandes eventos de responsabilidade do Vasco.
Policiais federais foram a São Januário no dia 25 de junho, na partida contra o Atlético-GO, para uma fiscalização. Na ocasião, identificaram que o serviço de segurança privada não possuía autorização de funcionamento da PF nem uma empresa apta para prestar o serviço, e notificaram o Vasco.
De acordo com a Polícia Federal, o Vasco não cumpriu o necessário, e, por isso, foi entregue nesta quarta-feira o documento. Procurado pela reportagem, Eurico confirmou o recebimento, mas não quis se manifestar. Quando houver jogo, o clube se posicionará e espera resolver a questão sem dificuldade.
Para fazer uso de segurança privada, o Vasco precisa contratar uma empresa devidamente apta e autorizada a prestar o serviço pela Polícia Federal, ou constituir um corpo próprio de segurança mediante autorização da PF. Isso inclui os stewards utilizados durante os jogos.
Gepe havia criticado seguranças
No dia 8 de junho, após a confusão no jogo contra o Corinthians, o major do Gepe, Silvio Luiz, havia alertado sobre o uso de seguranças por parte do Vasco. Segundo Silvio, o clube precisa qualificar seu corpo de seguranças. Na partida seguinte, o Vasco contratou stewards mulheres para ajudar.
- Da nossa parte, o que estamos tentando fazer é conversar com o clube para que coloque seguranças qualificados que estejam lá para resolver o problema e não para criar tumulto maior. Cabe à gente adotar as medidas, se for o caso do clube sofrer punição...Não tem mais como continuar como está. Estão brigando entre eles. Está bastante complicado.
Confira a nota completa da Polícia Federal:
"A Polícia Federal informa que realizou, no dia 25 de junho, fiscalização no estádio de São januário tendo identificado que o serviço de segurança privada utilizado no local não possuía autorização de funcionamento. O clube que administra o estádio foi notificado naquela mesma data, conforme determina a legislação pertinente, sendo cientificado de que o serviço estava sendo exercido de forma irregular; não tendo a agremiação esportiva providenciado, até a presente data, o cumprimento dos exatos termos do expediente legal.
Hoje (12/07) a PF realizou a entrega do Auto de Encerramento de Atividade de Segurança Privada Não Autorizada, que foi recebido pelo presidente do clube. Seu descumprimento pode configurar crime de exercício de atividade com infração de decisão administrativa (artigo 205 do Código Penal).
Segundo a Lei, para poder fazer uso de segurança privada, o clube deverá realizar a contratação de uma empresa devidamente autorizada e apta a prestar o serviço pela Polícia Federal ou então constituir corpo próprio de segurança mediante autorização da PF."
Fonte: GloboEsporte.com