Procurador do STJD fala sobre denúncia, mas elogia estrutura de São Januário
Terça-feira, 11/07/2017 - 14:48
O Supremo Tribunal de Justiça Desportiva interditou o estádio de São Januário nesta segunda-feira, por conta da confusão ocorrida após o clássico entre Vasco e Flamengo, no último sábado, pelo Campeonato Brasileiro. Com a decisão da instituição esportiva, o procurador do STJD Felipe Bevilacqua afirmou que a medida foi tomada apenas agora, pois a gravidade desta última ocorrência foi considerada muito alta. Além disso, o doutor espera contar com a ajuda do Ministério Público para resolver a situação.
Pela terceira vez, o Cruz-Maltino atravessa problemas com confusões no estádio de São Januário. Mas, desta última, segundo o procurador, as consequências foram mais graves, levando o STJD a tomar uma decisão mais drástica, como a interdição do campo. Não se pode comparar o último caso em São Januário com os outros dois casos que ocorreram lá. Foram casos de muito menor gravidade e muito menor complexidade, colocou integridade física de um número menor de pessoas e de forma menos gravosa. O que aconteceu sábado é uma situação muito aproximada com aquela do Coritiba e Fluminense em 2010, foi quase uma guerra, disse em entrevista ao canal Fox Sports.
Apesar de a imprensa juntamente com os torcedores presentes ou não na confusão, terem questionado a demora a justiça desportiva para interditar o estádio, Bevilacqua afirmou que a estrutura de São Januário, em si, não trazia muitos riscos para o ocorrido. O estádio ofereceu poucos problemas para que isso efetivamente tivesse ocorrido, a infraestrutura do estádio é muito boa, o que falhou foi a segurança e a estrutura das cabines reservadas aos profissionais de imprensa. Precisamos separar e saber exatamente o que aconteceu naquele caso (de sábado). Foram criminosos, que não são torcedores, que podem vir a fazer isso de novo em qualquer outro estádio, explicou.
Isso é a prevenção e o efeito, a origem disso tudo, está nos torcedores ligados efetivamente à facções criminosas, são pessoas que não são torcedores, são pessoas que têm interesses e fins lucrativos com essa situação. São coisas que fogem um pouco do que podemos fazer como justiça desportiva, acrescentou.
Fonte: Gazeta Esportiva