O presidente do Vasco, Eurico Miranda, deu uma inesperada entrevista coletiva nesta segunda-feira, na qual comentou os novos incidentes na arquibancada de São Januário no último fim de semana, dessa vez no jogo contra o Avaí. O dirigente garantiu que tenta "blindar" o futebol, levantou suspeitas sobre seus adversários políticos e criticou os ídolos Juninho Pernambucano e Edmundo, comentaristas da Globo e da Fox Sports, respectivamente. Sobrou até para Roberto Dinamite.
- É difícil você aceitar um cara falar de política de Vasco e ser comentarista. Na Fox, o Edmundo. Na Globo, esse outro, esse Juninho. Vai falar de política? De política partidária? Todos eles têm a obrigação de gostar de mim, pois só dei a eles. Mas não gostam porque sempre pensei aqui no Vasco que profissional é profissional... Caso de Roberto Dinamite: excelente, profissionalmente. Mas deu no que deu, fez o que fez - desabafou.
Eurico garantiu que vai fazer de tudo para evitar que o clima das eleições de novembro prejudiquem o futebol, que ocupa o sexto lugar na classificação geral do Brasileiro.
- Vou fazer de tudo para blindar o futebol, para que possam trabalhar. Mas não dá para assistir passivamente a isso e achar que é do período eleitoral. Antes do jogo começar? Pagam para pessoas irem em grupos para a arquibancada com esse tipo de manifestação... Tá bom, criticar um erro que possa estar havendo. Mas misturar o négócio de período eleitoral... Que período eleitoral? Se julgam aí pretensos candidatos... Nem foi aberto o período eleitoral... - disse, lembrando que há um movimento orquestrado: - Isso para mim é orientado. Eu, pessoalmente, não me sinto absolutamente nada atingido. Esse tipo de coisa não me atinge. Pelo contrário. Tenho absoluta consciência das coisas. Eles querem atingir o futebol. Querem que o futebol não possa crescer, se desenvolver, ter resultado. Não podem falar de outra coisa. Não podem falar da recuperação de patrimônio, da diminuição da dívida, de gastos. Então, querem atingir o futebol, pois assim podem conseguir aparecer. Critiquem o futebol, mas esqueçam esse negócio de política.
Fonte: Extra Online