Hoje no Grêmio, ex-vascaíno Léo Moura exalta o clube: 'Não me surpreende essas vitórias do Vasco'
Nem o mais otimista dos gremistas poderia apostar que a contratação de Léo Moura daria tão certo. Mas deu e o jogador, aos 38 anos, admite que fica envaidecido quando ouve pedido de desculpas de torcedores nas redes sociais. O veterano resolveu contrariar quem apostava no fim de sua carreira após sair do Flamengo, em 2015. Em grande fase, se prepara para encarar o Vasco hoje, rival que conhece muito bem, e Milton Mendes, seu técnico nos tempos de Santa Cruz.
Como você explica essa grande fase pelo Grêmio?
A base de tudo é você ter confiança. Tive uma sequência de jogos no Santa Cruz ano passado e, mesmo o time não indo bem, isso me deu confiança de que poderia poderia jogar meu futebol no nível que eu mostrava no Flamengo.
E como foi que você, rebaixado, foi para o Grêmio, campeão da Copa do Brasil?
Tudo começou com o Valdir Espinosa (coordenador técnico do Grêmio). Vinhamos conversando e ele me indicou para o Renato (Gaúcho, técnico), para a diretoria, e o pessoal acreditou em mim. Fiquei muito feliz e sabia que não poderia decepcioná-los.
Depois que saiu do Flamengo, achou que poderia jogar em outro grande clube?
Nunca duvidei de mim, sei do meu potencial, mas no início a desconfiança era grande, da torcida, da imprensa daqui. A primeira coisa que eu disse quando cheguei foi: esperem eu jogar, para depois me criticarem. Hoje tem torcedor que pede desculpa nas redes sociais, é bom para o ego. Vim para um clube que está na Libertadores, é o único título que não tenho na minha carreira.
E como está em casa, depois que você deu essa guinada na carreira?
É uma felicidade enorme que estamos vivendo. Minhas filhas estão felizes com o momento que o pai vive, só chego em casa feliz, com vitória (risos). Agradeço muito à minha esposa, que me apoia muito, mas também cobra quando precisa. O povo gaúcho me recebeu de braços abertos, estamos muito bem aqui. Agora só falta me acostumar com o frio, aqui não tem aquele calor que tem no Rio, em Recife. A temperatura está começando a baixar.
Você e Milton trabalharam juntos. O que dizer dele?
Não me surpreende essas vitórias do Vasco. Milton é um técnico que cobra muito dos jogadores, isso motiva o grupo. Ele é um bom profissional, ou não estaria no Vasco.
É verdade os boatos de que ele teve problemas com os jogadores do Santa Cruz?
Não teve nada disso, eu garanto. O que aconteceu é que o Santa Cruz, a partir de um momento, começou a atrasar os salários. Foi isso que atrapalhou o trabalho dele.
Ainda tem sabor especial enfrentar o Vasco?
Quando eu estava no Rio, o Vasco era um rival, havia essa rivalidade, mas sempre respeitei muito o Vasco, foi um clube que defendi. Vamos jogar em casa e estamos de olho na liderança.
Após surpreender a todos com essa grande fase, pensa em jogar até quando?
Costumo dizer que vou fazer que nem o Zé Roberto, que todo ano diz que vai parar e não para (risos). Enquanto eu me sentir bem, para jogar em alto nível, vou jogando.
Fonte: Extra Online