Contra o Fluminense, Vasco mostrou consistência e intensidade, mas pouca criatividade
São Januário pulsou e ditou o ritmo da vitória do Vasco por 3 a 2 diante do Fluminense. A equipe de Milton Mendes não se intimidou com o bom momento do adversário, mostrou capacidade de leitura de jogo e intensidade no momento decisivo. A falta de criatividade no meio-campo ainda aparece como principal obstáculo para o treinador.
O plano de jogo de Milton na primeira etapa era claro e foi bem executado pelo Vasco: jogar sem a bola, com disciplina tática e subida rápida nos contra-ataques. A estratégia, porém, passava diretamente pelos pontas Pikachu e Kelvin, que, em tarde pouco inspirada, oscilaram durante a maior parte do tempo – dos pés de Yago saiu o cruzamento para o gol de Luis Fabiano.
Na etapa complementar, mesmo sem mexidas, o Vasco mostrou desequilíbrio nos primeiros 15 minutos. Num curto intervalo de tempo, dois pênaltis, virada do Fluminense e necessidade de reação. Ela veio do banco, para suprir a principal carência da equipe: a falta de pensamento criativo no meio-campo, muito pelo jogo discreto de Mateus Vital e a exigência defensiva de Douglas.
Nenê – ovacionado pela torcida – e Manga mudaram a postura do time da casa. Experiente, o antes camisa 10 titular da equipe encostou em Luis Fabiano, que lutou isolado na maior parte do tempo, e chamou Mateus para o jogo. Escobar foi ainda mais ousado. Deu a dinâmica que Kelvin e Pikachu não conseguiram e, numa assistência de Vital, balançou a rede.
O final do jogo trouxe um prêmio à intensidade do Vasco de Milton Mendes, confiante da vitória até o fim. Na luta e na entrega – ingredientes indispensáveis na visão do treinador -, deixou o campo com três pontos, o ressurgimento de Nenê e a certeza de um 12º jogador em São Januário.
Fonte: GloboEsporte.com