Após uma espera de 14 anos, Rodrigo voltou a vestir a camisa da Ponte Preta. Apresentado na manhã desta quinta-feira, na sala de imprensa no Moisés Lucarelli, o jogador evitou falar do Vasco, seu ex-clube, e preferiu destacar esse reencontro com seu antigo amor: a Macaca.
– Não vou falar (sobre a saída do Vasco). Temos outras coisas importantes para abordar, como estrutura da Ponte, a força do elenco. É um dia tão especial para mim, voltando ao clube, esse papo de Vasco a gente deixa para depois – disse o zagueiro, de 36 anos, que tem 116 jogos pelo clube e marcou 12 gols.
Rodrigo foi formado nas categorias de base da Ponte, clube pelo qual se profissionalizou. No fim de 2003 saiu da Macaca para atuar pelo São Paulo. Em seu retorno, o zagueiro disse ainda conseguir atuar em alto nível e não escondeu o sentimento pelo seu primeiro time.
– Estou bem, estava jogando e treinando. Fiquei uma semana, no máximo 15 dias parado. Eu me sinto bem e estou no mesmo nível dos companheiros. (A Ponte) É onde eu queria estar, quem sabe é meu último clube também. Não pretendo encerrar logo, pois ainda estou jogando em alto nível. Não retorno apenas para me despedir. Volto para ajudar a Ponte em campo, pois ainda consigo jogar em alto nível.
Antes da apresentação, Rodrigo participou de 45 minutos de um jogo-treino contra o time sub-20 da Macaca, em atividade realizada no no CT do Jardim Eulina, e por isso se considera à disposição do técnico Gilson Kleina para reestrear no domingo, contra o Botafogo.
– Quando eu começar a jogar, aí o Gilson vai ter dor de cabeça. Por enquanto ele está tranquilo, pois quem entrou merece uma sequência. Sei que é meu momento de esperar. (Sobre jogar no domingo) Aí é com o que treinador. Jogar a gente sempre quer, né. Mas é o momento de eu esperar a minha. Devo estar à disposição para o próximo jogo.
A Ponte, aliás, tinha uma antiga dívida com Rodrigo por conta de salários atrasados. O caso foi para a Justiça, e o retorno ao Majestoso servirá para facilitar o pagamento do débito do clube com o atleta. Ainda assim, o gerente de futebol Gustavo Bueno garantiu que o principal fator para a contratação de Rodrigo foi a questão técnica.
– Conversamos com o Rodrigo, que aceitou parcelar e facilitar o pagamento da dívida. Então, com essa contratação, liquidamos o valor, mas a questão técnica foi o mais importante – disse o gerente.
Por uma vaga na defesa titular da Ponte, Rodrigo terá concorrência dos remanescentes Kadu, Marllon e Reynaldo, além de Yago, que se recupera de uma artroscopia no joelho, e ainda do reforço Luan Peres, integrado ao elenco nesta semana após atuar pelo RB Brasil no primeiro semestre.
Fonte: GloboEsporte.com